Falando de Bola
Há tempos que eu não tenho mais a mesma empolgação que eu tinha pelo futebol anos atrás.
Não sei se é o fato de ter outras prioridades em minha vida, ou não ter mais os vinte anos de outrora, onde o futebol tinha grande importância para mim, mas ver o futebol brasileiro de hoje é algo que requer muita paciência, em face da baixa qualidade técnica vista nos gramados.
Para quem se acostumou a ver o futebol brasileiro com Zico, Sócrates, Reinaldo, Falcão, Casagrande, Serginho Chulapa, Romário, Éder Aleixo, Renato Gaúcho, Junior, Muller, Raí, Ronaldo, Rivaldo, Bebeto, Tostão (meu grande ídolo), entre outros grandes craques que traziam beleza ao futebol disputado neste país, é duro ter que assistir noventa minutos no futebol atual.
Mas parece que tudo vai perdendo a graça com o avançar da idade.
O meu som continua tocando coisas antigas como Beatles, Stones, The Who, Kinks, Jethro Tull, Neil Diamond, Neil Young, Black Sabbath, entre outras preciosidades, pois da música atual muito pouco se salva.
O mesmo podemos falar de filmes, obras teatrais, pensadores, humoristas, poetas, filósofos, políticos, artistas, pintores.
Estamos no século 21 e chegamos à conclusão de que enquanto a tecnologia evolui, a mente humana regride.
A internet, apesar de trazer o mundo aos nossos olhos, está deixando as pessoas burras, pois são poucos os que continuam gastando seu tempo ocioso em ler livros, preferindo usá-lo em redes sociais.
Mas mesmo tendo que recorrer ao passado para se divertir com prazer, o futebol ainda tem o dom de nos remeter as melhores lembranças de infância.
Não é porque hoje temos que ver um Vaná no lugar que já foi de Rafael, um Helder onde Tobi já jogou, um Rosinei ocupando a vaga que já foi do craque Tostão, ou mesmo o Negueba, que ironias a parte é o único que nos faz lembrar os bons tempos do futebol, com a camisa 7 que já foi de Lela, que a camisa verde e branca não nos deixe emocionado quando pisa o gramado do Alto da Glória.
Amanhã, estarei lá, com a mesma empolgação da minha infância para torcer pelo meu time. Independente de quem esteja vestindo a camisa do Coritiba, o meu coração nunca deixará de ser Coxa-Branca.
Vibrarei, torcerei, gritarei, xingarei e empurrarei meu time em busca da vitória. É assim mesmo Coritiba, esse é um amor que não se explica, apenas deixamos fluir. Pois a energia que emana de um Couto Pereira lotado é algo que somente que está lá sabe explicar.
Os tempos modernos podem me deixar saudosista, mas nunca me impedirão de cantar o jogo inteiro para você vencer.
Raça Coritiba, em busca do 38º título estadual!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)