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Ricardo Honório16/03/15, 13h28
Falando de Bola

Tudo no seu devido lugar

Faltando dois jogos para o término da primeira fase do campeonato paranaense, o Coritiba assumiu a ponta da classificação com uma boa vitória sobre o J. Malucelli, único invicto até então.

Apesar da partida se desenhar extremamente complicada, o time Alviverde de impôs em campo e garantiu a vitória em mais uma boa exibição da sua dupla de ataque, responsável pelos gols marcados.

Apesar da boa vitória que colocou o time na liderança, o recuo em demasia na segunda etapa, além da pouca chegada ao ataque dos laterais e meias após o time abrir o marcador, colocam um grande ponto de interrogação na cabeça do torcedor:

Onde este irá chegar quando sair atrás do marcador e tiver que reverter o resultado?

A falta de um meia de armação trouxe ao Coritiba uma forma de jogar que vem dando certo, apesar da equipe ainda não ter feito uma grande apresentação.

O time por sobrar em qualidade e preparo físico em relação aos adversários, começa as partidas em alta velocidade, explorando principalmente os laterais. O fato da equipe ter feito vários gols em bolas paradas deve-se bastante ao constante apoio de Norberto e Carlinhos, que possuem facilidade para chegar ao ataque e cavar faltas e escanteios.

E aí abrindo o placar, deixa o adversário com a posse da bola, para que abra o seu campo de defesa e conceda espaços para que o Coritiba possa contra-atacar.

Mas aí a falta de um meia mais qualificado, que acerte o "último passe", tem feito o time perder boas oportunidades de definir melhor as jogadas de contra-ataques.

E mesmo que as bolas paradas venham sendo um grande trunfo, a equipe não pode depender somente deste tipo de jogada para chegar ao gol adversário.

O meia-atacante Negueba tem se mostrado muito voluntarioso atuando de maneira mais centralizada, porém não tem as características de armação. Ontem ficou visível à maneira com que vinha conduzindo a bola, de forma lenta, puxando na maioria das vezes para os lados do gramado, "matando" alguns contra-ataques.

Ficou a impressão que o técnico Marquinhos Santos orientou o jogador a segurar a bola para cadenciar o time, única razão que justifica a opção que Negueba tinha em algumas jogadas.

O problema é que para este tipo de jogada dar certo é necessário que os jogadores de traz se aproximem para poder tabelar, o que não aconteceu, já que Helder, Cáceres e Pedro Ken raramente passavam da intermediária. Com isso, o time Alviverde perdeu algumas jogadas onde poderia ter matado o jogo de forma mais tranquila.

Como Pedro Ken e Mazinho mais uma vez não entraram bem, e Cáceres ainda se mostra distante da expectativa que todos possuem em seu futebol, o Coritiba vai encontrando sérios problemas para definir o homem da meia-cancha que armará e cadenciará as jogadas do time.

Mas alheio a isto tudo, a equipe vem se mostrando muito sólida em seu setor defensivo, chegando ao sexto jogo consecutivo sem sofrer gols, o que muito se deve ao excelente trabalho realizado pelos volantes em frente a zaga, o que tem tornado muito difícil a vida de quem tenta chegar a área do goleiro Vaná.

Parte agora o Coritiba para tentar garantir o primeiro lugar nesta etapa, para tentar garantir as vantagens para os jogos de "mata a mata" e chegar a mais um título estadual, colocando enfim, as coisas em seu devido lugar no futebol paranaense.


Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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