Falando de Bola
A única constância demonstrada pelo Coritiba neste campeonato brasileiro é o revezamento de erros individuais, que sempre acabam em gols do adversário.
Foi assim contra a Chapecoense, Sport, Avaí e agora o Fluminense. Sempre há um jogador "disposto" a entregar de bandeja a bola para o adversário fazer o gol.
E isso não pode ser considerado apenas falta de qualidade técnica, pois como exemplo, no primeiro gol do Fluminense, o volante Helder displicentemente tenta cruzar a bola em frente a sua área, com dois jogadores adversários próximos a ele. Um jogador de brio, que estivesse honrando a camisa que veste, nunca faria isso, mas sim daria um chutão para frente para pelo menos tirar o perigo de frente para o seu gol.
O segundo gol não pode ser considerado falha individual, mas sim displicência, mais uma vez. O lateral Ivan, novamente improvisado na esquerda, deixa o atacante Marcos Junior tranqüilo para cabecear, não chegando nem perto de incomodar o jogador adversário. Ele percebe o deslocamento do atacante, mas fica estático, com aquele ar "blasé", como se não estivesse nem aí para a jogada.
A cada jogo que passa percebe-se que estes jogadores não tirarão o Coritiba da situação que eles mesmo estão colocando neste início de campeonato.
O Coxa não chegará a outro lugar que não seja a segunda divisão se não forem tomadas medidas urgentes. E uma das medidas, se a diretoria achar que não deva demitir o treinador, é exigir a saída de alguns jogadores, dentre eles os volantes Hélder e João Paulo, que são a cara deste Coritiba apático, sem alma, sem vida, sem gana, sem nada.
O Coritiba de hoje é o retrato fiel de sua diretoria. Aqueles que nas vitórias e na boa fase costumam aparecer sorridentes, como se fossem os responsáveis por tudo. E que agora mal aparecem, pois tenho certeza de que estão perdidos sem ter a mínima noção do que fazer, já que muitos ali de futebol sabem apenas que a bola é redonda.
Fico aqui imaginando qual o respeito que um jogador teria ao ser cobrado no vestiário por um Bacellar, um Macias ou um Pedroso. O Coritiba não tem hoje um dirigente forte, respeitado, quanto mais um time de futebol.
Dizem que o atrito existente entre os membros que sobraram do G5 é visível, e isso em apenas seis meses de gestão. Isso é apenas o retrato da montagem de uma chapa em cima da hora, sem critério nenhum, feita apenas para arrebatar o poder.
E não podemos culpar apenas a diretoria, conselho, mas sim também os sócios, pois muitos ali foram apenas no embalo do "trem da alegria", iludidos, mais uma vez, por promessas, projetos, sorrisos, discursos e a mentira de uma gestão que seria feita com modernidade.
Que me perdoem os eleitos, mas ao ver como o futebol, carro chefe do clube, tem sido tocado, dá para entender perfeitamente o estado em que o Coritiba se encontra na tabela.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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