Falando de Bola
O empate de 2x2 frente ao bom time santista trouxe a certeza ao torcedor Alviverde de que o Coritiba hoje é um time maduro, bem treinado, com jogadores comprometidos e que sabem exatamente quais são as suas funções dentro de campo.
O injusto empate foi marcado por dois erros absurdos do trio de arbitragem, que anularam um gol legítimo de Pereira e validaram o gol de Edu Dracena, que se apoiou em Emerson para marcar o primeiro gol santista.
O primeiro gol do Coritiba, marcado por Rafinha, aconteceu após um erro do zagueiro adversário que entregou a bola nos pés de Everton Ribeiro, que conduziu com categoria e fez uma linda assistência, invertendo a jogada da direita para a esquerda, pegando Rafinha livre de marcação.
O segundo gol, marcado por Lincoln, aconteceu em um pênalti sofrido por Rafinha, depois de jogada individual.
A vitória aconteceria se o péssimo juiz Péricles Bassols não atendesse ao levantamento do bandeira que “enxergou” irregularidade na posição de Pereira, que bem colocado apareceu livre para marcar, dando a “impressão” ao bandeira e ao juiz que estava impedido.
Além dos erros absurdos na validação do gol santista e na anulação do gol Alviverde, o juiz carioca ainda marcou diversas faltas para o Santos, principalmente frontais a área, enquanto o Coritiba sofria com marcações não ocorridas, e ausência de cartões amarelos ao adversário, quando faltas duras aconteciam.
Apesar de ter feito uma arbitragem tipicamente caseira, não coloco como sendo de má fé. Caso realmente fosse, o penalti em Rafinha não seria anotado. O trio de arbitragem era fraco mesmo.
No lance do gol anulado, é o típico lance que o recurso tecnológico resolveria em questão de segundos. Devido a baixa qualidade da arbitragem mundial, é preciso que a FIFA reveja suas convicções e encontre uma maneira de incluir a tecnologia para ajudar a dirimir dúvidas durante os 90 minutos.
É duro demais para um time sério, que trabalha duro, ser impedido de ter os três pontos em virtude de um erro de arbitragem
Além de demonstrar um jogo coletivo muito bom, com entrosamento, responsabilidade e compromisso, o time Alviverde teve alguns destaques individuais na noite de ontem.
Sobre o jogo coletivo, apenas a troca de passes precisa ser aprimorada, pois o time Alviverde tem errado alguns passes primários, principalmente na meia-cancha e com isso acaba concedendo alguns contra-ataques ao adversário.
Por outro lado, as saídas em velocidade, como visto no segundo gol contra o São Paulo e no primeiro gol contra o Santos, mostram que as jogadas rápidas, na troca de passes, são o grande diferencial atualmente do time Alviverde.
Além destes dois fatores, o time Alviverde vem se notabilizando por ter um alto índice de posse de bola nas partidas.
Dos destaques individuais, o maior deles foi o goleiro Vanderlei, que fez no mínimo três excelentes defesas, mostrando muita segurança embaixo da meta Alviverde, provando que o Coritiba tem hoje um dos melhores goleiros do futebol brasileiro.
Mas Vanderlei precisa ainda evoluir nas saídas do gol. No primeiro gol santista, Edu Dracena cabeceou do bico da pequena área em uma bola levantada de longe, e que sobrevoou toda a área Alviverde, dando tempo para que Vanderlei pudesse sair socando.
Em bolas levantadas na área o goleiro não pode confiar apenas nos zagueiros, pois caso estes não consigam cortar a jogada, o goleiro, embaixo das traves, precisará de muito reflexo para tentar defender uma cabeçada certeira, o que é praticamente impossível na maioria dos casos. Por outro lado, se o goleiro tiver um bom tempo de bola e sair decidido, a sua chance de êxito é muito maior.
Outros destaques foram o volante William, que está voltando a boa forma, e o meia-atacante Rafinha, que participou ativamente da jogada dos dois gols Coxa, quando fez o primeiro e sofreu o pênalti que originou o segundo.
O sempre contestado Junior Urso é outro atleta que merece destaque, pois entrou muito bem na partida, controlando as ações de meio-campo, dando segurança na frente da área Alviverde e conseguindo sair puxando contra-ataques.
O empate, mesmo que injusto, dará tranqüilidade para o Coritiba trabalhar a seqüência da competição, além de dar muita confiança para os confrontos contra o Palmeiras.
Mas a partida de ontem, trouxe uma grande preocupação para a torcida Coxa.
As bolas paradas, que originaram os dois gols santistas, são a grande arma do time do Palmeiras , sempre muito bem executadas por Marcos Assunção, o melhor batedor de faltas do futebol brasileiro atualmente.
Para evitar que o Coritiba sofra com esta jogada, que também é uma arma do time Coxa-Branca, Marcelo Oliveira terá que treinar e orientar muito seus jogadores, não só no posicionamento, como também para que evitem fazer as faltas próximas a área de Vanderlei.
Raça Verdão, você é campeão
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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