Falando de Bola
Na estréia de Marcelinho Paraíba, o Coritiba conseguiu uma vitória apertada, por 2x1, sobre o bom time do Nacional de Rolândia.
A estréia do novo contratado foi cercada de muita expectativa pela torcida Coxa-Branca, que vibrou com as boas jogadas do craque, que estreou literalmente de pé direito, ao marcar o seu gol com a perna direita, após rebote do goleiro em chute de Pedro Ken.
Mesmo jogando no ataque, já que é meia de origem, Marcelinho fez boas jogadas, principalmente em tabelas com Renatinho, outro atleta que fez um bom jogo.
Porém nem tudo foi motivo para felicidades nesta partida. A equipe Alviverde voltou a se mostrar extremamente fragilizada pelos lados do gramado, setor muito bem explorado pelo Nacional, que no final da partida quase chegou ao empate em jogada no costado de Marcio Gabriel.
Nem Guaru, muito menos Rodrigo Heffner e Marcio Gabriel mostraram um futebol capaz de convencer a exigente torcida Coxa, que mais uma vez viu a falta de capacidade técnica e ousadia dos seus laterais.
Na única boa jogada pelos lados do gramado, saiu o gol do zagueiro Cleiton, em excelente cruzamento do meia Renatinho.
Do meio para frente, as coisas parecem dar sinais de que funcionarão muito bem a partir da entrada de Marcelinho que deu qualidade e uma nova dinâmica ao setor, além de mostrar bom aproveitamento nas bolas paradas.
O Coritiba, mesmo com Marcos Aurélio não fazendo uma boa partida, mostrou que poderá ter sucesso neste esquema se um homem fixo de área, ao atuar com dois volantes de qualidade, Carlinhos Paraíba e Pedro Ken, jogando pelos lados do gramado, e Renatinho, Marcelinho Paraíba e Marcos Aurélio, flutuando e se movimentando muito na frente.
Menos pragmático
Quando colocou o zagueiro Leandro em campo, no lugar do ala-esquerdo Guaru, a intenção de Ivo Wortmann era, provavelmente reforçar a marcação pelo lado esquerdo, já que o Nacional estava atacando muito por aquele lado.
Porém, mais uma vez Ivo Wortmann deu prova do seu pragmatismo ao trocar Rodrigo Heffner por Marcio Gabriel, continuando com a sua eterna troca de laterais.
Como jogava em casa, e estava com três zagueiros em campo, Ivo poderia ousar e colocar o meia Dinélson pelo setor, para que o time Alviverde ao menos segurasse o time adversário.
Com a entrada de Marcio Gabriel o problema pelo lado direito continuou, e foi por ali que o Coritiba quase levou o gol de empate aos 48 minutos da segunda etapa, o que com certeza provocaria a ira do torcedor em um jogo que deveria ser festivo pela estréia de um grande craque.
Ivo, que ainda não deu um padrão de jogo ao time, e vem colhendo resultados apertados, com exceção da vitória contra o fraco Holanda/AM, pela Copa do Brasil, precisa ser mais ousado e usar melhor as boas opções que tem dentro do elenco Alviverde.
Faltam laterais
As más atuações dos laterais Alviverdes reforçam cada vez mais a necessidade urgente da diretoria Alviverde em trazer reforços para este setor.
Enquanto isso não acontece, Ivo Wortmann poderia repetir a tática usada em 2001, e colocar meias pelos lados do gramado, que poderiam Pedro Ken ou Dinélson pela direita e Carlinhos Paraíba pelo lado esquerdo.
Mas o que não pode acontecer é o Coritiba continuar dependendo de boas atuações de Marcio Gabriel, Rodrigo Heffner, Guaru e Vicente, pois será mais fácil contratar novos jogadores, do que esperar bons jogos destes jogadores.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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