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Ricardo Honório28/06/09, 21h50
Falando de Bola

Visões de uma derrota

O Coritiba vence o Flamengo por 5X0, que ganha do Inter por 4x0, que ganha do Coritiba por 3x0.

O resumo acima poderia muito bem definir a irregularidade que norteia o Campeonato Brasileiro.

E é justamente a regularidade que premia o time mais competente no final da competição, seja com o título ou no mínimo uma vaga na Taça Libertadores.

Por outro lado, times irregulares, como o Coritiba, por exemplo, costumam ser premiados com o rebaixamento ou mesmo passando o campeonato inteiro tentando fugir dele, aspirando no máximo uma vaga na Copa Sul Americana.

O Coritiba que entrou em campo hoje no Beira-Rio, ou melhor, não entrou em campo, é um exemplo claro que a irregularidade de um time de futebol, não o deixa ter aspirações maiores.

Para um time ser regular, não basta apenas vontade, um esquema tático definido ou uma equipe entrosada, é preciso sim ter jogadores de qualidade, como o Inter mostrou na partida de hoje, onde com seus reservas deu um banho de futebol, principalmente na segunda etapa na equipe do Coritiba.

Falando propriamente da derrota, algumas questões ficam cada vez mais claras, como a péssima entrada de Rodrigo Pontes, jogador sem condições de atuar no Coritiba, fato que foi avisado quando da chegada deste “reforço”.

Além de errar vários passes, mostrou estar completamente sem ritmo de jogo, fato que deveria ter sido observado por Renè Simões.

O treinador Alviverde, aliás, cometeu um grande equívoco nesta partida, quando tirou Marcos Aurélio para a entrada do frágil Leozinho.

O mínimo que se esperava era uma substituição mais audaciosa, mas Renè optou por tirar o atacante mais perigoso da equipe, matando de vez o ataque Coxa-Branca, dando cada vez mais prova do seu pragmatismo fora de casa.

Enquanto isso, perdendo por três gols de diferença, o treinador preferiu continuar com Jailton e Rodrigo Pontes, que faziam péssima partida.

A derrota no Beira-Rio deve ser creditada aos jogadores, mas também ao técnico Renè Simões, que nos jogos fora de casa continua atuando com extrema cautela, o que faz o Coritiba deixar de ganhar pontos em oportunidades como essa, quando enfrentou o time reserva do Internacional.

Enquanto a diretoria Colorada mostra extrema competência na montagem de seu elenco, hoje o mais forte do futebol brasileiro, a diretoria Alviverde dá um show de amadorismo.

Amadorismo, provado na viagem para Recife, quando Mancha e Bruno Batata totalmente sem condições de jogo forma levados junto com a delegação, quando poderiam ficar em Curitiba, tendo melhores condições para continuar seus tratamentos.

O gerente de futebol Felipe Ximenes até o momento não disse a que veio, a não ser vir receber um bom salário as contas do clube.

Os “reforços” trazidos por Ximenes foram Demerson, Jailton, Leozinho, Rodrigo Crasso, Bruno Batata e Thiago Gentil, todos jogadores de segundo escalão do futebol brasileiro, e nenhum capaz de resolver os problemas da equipe.

As grandes promessas feitas por dirigentes na época das eleições não passaram de uma grande mentira para enganador os sócios do Coritiba.

Cheguei a ler um comentário aqui no COXAnautas, onde um torcedor diz entender perfeitamente as promessas feitas por diretores, pois se falassem o contrário não se elegeriam. É por isso que vivemos em um país assolado pela corrupção, pois os eleitores acreditam nas promessas e aceitam passivamente que as mesmas promessas não sejam cumpridas.

Saudações Alviverdes

Ricardo Honório

Ricardo Honório

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