Falando de Bola
Não é de hoje que todos aqueles que passam pelo Coritiba, sejam eles dirigentes, treinadores e jogadores se tornam especialistas na arte de broxar.
Sim, meu amigos e amigas que leem o Falando de Bola, estou falando de broxar no sentido literal da palavra. Só que não são eles que broxam, mas sim fazem todo torcedor Alviverde broxar quando o assunto é o Coritiba.
É sempre assim, ou nos últimos anos tem se tornado assim. Quando se cria uma grande expectativa sobre algo relacionado ao time, lá vem eles nos fazer broxar, ou para quem quer um termo mais leve, perder a motivação.
Desde que o último plano de sócios foi lançado, criou-se uma atmosfera bacana. Formaram-se filas na central de sócios, muitas associações realizadas diretamente pelo site do clube, criando uma enorme perspectiva de que a meta estipulada pela diretoria de 25.000 sócios seria batida até com uma surpreendente tranqüilidade.
O problema é que a diretoria esqueceu de avisar ao treinador e aos jogadores, que a torcida Alviverde calejada de tanto sofrer precisa ser “mimada” para não perder a motivação. O termo “mimada” no caso quer dizer, ser agraciada com uma vitória, com uma boa apresentação, principalmente em jogos dentro de casa contra adversários diretos.
E o desavisado time do Coritiba entra em campo com sonolência, com um ar de desinteresse típico de pessoas totalmente descompromissadas, que pouco se importam se o clube terá 5 ou 25 mil sócios.
Assim foi contra o Atlético/GO, um jogo onde os atletas precisavam entrar com sangue nos olhos, lutando para garantir a segunda colocação, e tendo a chance de tirar três pontos para o primeiro colocado. Mas em vez do sangue nos olhos, o que se viu foram “olheiras”, características daqueles que passam noites em claro, não cuidando da sua saúde, e não se importando com o dia de amanha, muito menos com as pessoas em sua volta.
Um time sonolento, preguiçoso, fora de forma (Giovanni que o diga), desinteressado, isso tudo justamente em uma partida importantíssima, não só para a tabela de classificação, mas principalmente para seduzir aquele torcedor que esperava um bom resultado que o motivasse a se associar ao clube.
Não vale a pena nem comentar sobre a péssima atuação de alguns jogadores, muito menos sobre os vários equívocos do técnico Umberto Louzer, mas sim refletir sobre o quanto o Coritiba perde de público e dinheiro a cada “broxada” que o time dá em seu torcedor.
E de broxada em broxada, o Coritiba vai se apequenando cada vez mais, vivendo apenas de passado, agonizando em um presente tenebroso.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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