Falando de Bola
Nesta bagunça que virou o futebol paranaense, até agora estou tentando entender como que o campeonato não foi paralisado, após a eliminação do J. Malucelli, para que o chaveamento fosse refeito e assim os clubes pudessem enfrentar quem realmente deveriam, conforme suas classificações na tabela.
O Paraná é um que tem todos os motivos para lamentar. Fez uma boa primeira fase, apresentou jogadores interessantes, mas caiu na primeira eliminatória para o Atlético, quando o certo deveria ser enfrentar o Rio Branco, que se classificou como o oitavo colocado.
Mas aí quem pegou o Rio Branco, foi o Londrina, o grande beneficiado pelo STJD, quinto colocado na fase inicial, que estava praticamente eliminado após a derrota, em casa, para o J. Malucelli por 3x1. Ou seja, o Londrina deveria como quarto enfrentar o Prudentópolis, que subiria para quinto, mas acabou pegando o oitavo, que no início das quartas era o nono.
Já o Atlético, entraria como sétimo, e pegaria o Coritiba, que se classificou em segundo. Mas nesta o clube Alviverde deu sorte, pois pegou o Cascavel, que entrou como sétimo, quando deveria enfrentar um clássico Atletiba logo nas quartas. Já a "Cobra do Oeste" entraria como sexta colocada e pegaria o Cianorte que foi o terceiro melhor da primeira fase.
Se por um lado, o Londrina e Coritiba deram muita sorte antes da lambança do STJD, o mesmo não se pode dizer de Paraná e Cascavel.
Além desta bagunça generalizada nos confrontos das quartas de final, alguém conseguiria entender o fato do Coritiba ter seu jogo marcado para a quarta-feira, três dias após as partidas dos outros times, mesmo sem ter televisionamento?
O campeonato paranaense de 2017 será um prato cheio para várias teorias jurídicas e dificilmente terminará com um campeão que se declare legítimo, mesmo que ganhe no gramado.
As finais que provavelmente terão um Atletiba em disputa, sempre carregarão a marca de um campeonato decidido por pessoas que podem entender de tudo, menos de futebol.
O início do campeonato brasileiro está próximo e as especulações começam a surgir pelos lados do Alto da Glória.
Do J. Malucelli podem vir o meia Tomas e o atacante Getterson.
Se vierem com baixo custo, penso que as contratações podem ser úteis. O campeonato brasileiro é longo e desgastante. E é sempre bom ter opções em seu elenco. Mas não são jogadores para serem titulares. Somente opções. O que o Coritiba precisa nestas posições são de jogadores que cheguem para jogar e serem titulares. Tomas deve chegar para o lugar de Ruy, já Getterson para o de Filigrana, que deve estar de saída. Saem duas opções pouco utilizadas, entrariam dois jogadores que podem ser úteis. Mas só serão úteis se o custo for realmente baixo, pois o clube, com os cofres vazios, não se pode dar ao luxo de encher a prateleira com jogadores de qualidade discutível.
A mais nova especulação é do lateral-direito Léo, recém dispensado do Atlético/PR, estaria próximo de um acordo com o Coritiba.
Léo já teria sido tentado no início do ano, porém o rival atravessou o negócio e o levou pra Baixada. Agora, com sua dispensa, o atleta pode desembarcar no Alto da Glória.
Qualidade técnica tem, apesar de ser um jogador violento e as vezes precipitado, principalmente no setor defensivo. O lado positivo é que pode chegar extremamente motivo ao Coritiba, após ser dispensado pelo rival.
Com a cabeça em ordem, coloca Rodrigo Ramos e Dodô no bolso.
Mas a sua vida no Alto da Glória só será tranqüila se de imediato tiver boas atuações, pois a torcida Alviverde dificilmente esquecerá as suas "raivosas" atuações quando disputava um Atletiba.
Se iniciar bem, cairá nas graças do torcedor Alviverde, e terá vida mansa nos corredores da Mauá e das Sociais.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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