Falando de Bola
Há tempos o Coritiba presidido por Samir Namur não motiva ninguém. O público presente nos jogos disputados no Couto Pereira mostra isso. Nas redes sociais o que mais se lê são pessoas dizendo que o Coritiba deixou de ser algo importante em suas vidas.
Eu não julgo essas pessoas. Não tiro a razão delas. Ir ao Couto Pereira ver o Coritiba jogar deixou de ser um ato puro de torcedor que ama o seu clube, passando a ser o mais exemplo de masoquismo.
E este ato de masoquismo se agrava ainda mais a cada ato do presidente ou entrevistas de funcionários do clube. Ontem, a entrevista de Rodrigo Pastana após a partida foi um enorme disparate contra o torcedor Alviverde.
Quem o diretor quer enganar com as palavras ditas? Talvez os surdos, que neste momento, podemos dizer que “tem sorte” por não ouvir as besteiras ditas pelo diretor. A principal delas, dizer que Umberto Louzer foi contratado por saber dividir a liderança com os jogadores.
É inacreditável ouvir tamanha besteira. Este elenco do Coritiba, incapaz de vencer jogos dentro de casa contra adversários medíocres, jamais melhorará seu rendimento por poder “opinar” junto ao treinador.
O grande problema do Coritiba não é a possibilidade de dividir liderança, mas sim da latente falta de qualidade técnica. Como um elenco que não consegue vencer um jogo dentro de casa, terá um bom rendimento em uma competição nacional de nível muito mais elevado.
Ao escutar a entrevista de Pastana, tem-se a exata noção do porquê do Coritiba estar nesta situação. Para o diretor, tudo está dentro do planejamento. Eles, diretor e diretoria, são os senhores da razão. Os torcedores, apenas um detalhe, que não tem o conhecimento e a compreensão necessária do “excelente” trabalho que estão fazendo.
Dos meus 43 anos de idade, 38 indo ao Couto Pereira, eu jamais vi o clube passar por um momento tão ruim, vexatório. E o pior de tudo é que não tenho nenhuma esperança que isso irá mudar de um dia para o outro.
Empatar em casa contra times medíocres, ser eliminado pela URT, perder um titulo dentro de casa para o Toledo, parece ter virado uma coisa normal no Alto da Glória. Ninguém mais se indigna com isso, e para os que lá trabalham, tudo isso faz parte do planejamento.
Os comandantes do clube continuam achando que estão fazendo a coisa certa, apesar do barco estar visivelmente afundando. E com o navio afundando, o capitão continuará a gritar em seu megafone que a manobra para levantar o barco está correta, apesar do casco estar rachado e da proa estar completamente embaixo d´agua.
O Coritiba pode trocar técnico a cada dez jogos que o problema nunca vai acabar, enquanto os diretores que lá estão continuarem a dar pitacos na formação do elenco ou na escalação da equipe. Com seu profundo desconhecimento sobre futebol, a cada atitude tomada pela diretoria, mais um pedaço do navio vai afundando, e ficando praticamente impossível mantê-lo submerso.
Não vejo outra solução para o Coritiba a não ser recomeçar mais uma vez, mesmo que tardiamente, ainda há tempo de mudar o panorama para a disputa da Série B. E a mudança pode começar pela demissão de Rodrigo Pastana. A justificativa dada para a contratação de Umberto Louzer já seria motivo suficiente para mandar o diretor para bem longe do Alto da Glória.
Com Rodrigo Pastana na direção de futebol, não vislumbro a menor possibilidade do Coritiba conseguir o acesso para a primeira divisão do futebol brasileiro em 2019.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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