Falando de Bola
Baixada a poeira, digerida e amenizada a dor de mais uma derrota para eles, vamos aos fatos de mais um fracasso dentro de campo do Coritiba.
Mas antes, uma dor não se amenizou e registro aqui toda a solidariedade ao Rafinha, que sofreu uma séria lesão, que provavelmente o afastará por muito, e até quem sabe o aposentará dos gramados. Por tudo o que fez pelo Coritiba, pela garra que sempre demonstrou e o respeito que sempre teve com a camisa Alviverde. Se tivéssemos mais jogadores como ele dentro de campo, com certeza o destino do Coritiba seria bem diferente do que apenas ver o seu maior rival comemorar título dentro do Couto Pereira.
Voltando a mais uma derrota para eles, nenhuma surpresa. Nada que nos faça ficar matutando o porquê de mais uma derrota, de mais um título perdido, de mais um fracasso. A sucessão de graves erros desde que Samir Namur assumiu a presidência do clube explica tudo isso. Desde a teimosia a reforçar o clube na Série B em 2018 que impediu a subida do clube, a elencos mal montados, culminando em ver o maior rival comemorar um tricampeonato dentro do Alto da Glória.
O Coritiba não jogou mal nos dois jogos, é verdade. Mas jogou no limite de sua insuficiência técnica. Enquanto, do outro, um adversário que não jogou nada, mas que parecia jogar apenas sabendo que chegar à vitória era algo natural. E foi assim nos dois jogos.
Vimos um Coritiba brigador, que nos deu a doce ilusão de que poderíamos ainda neste ano retornar aos dias melhores. Sabíamos da incapacidade técnica da equipe, mas mesmo assim, a cada bola disputada, a cada rara chance de gol, acreditávamos que poderíamos chegar e recuperar um pouco da dignidade que foi jogada no lixo por dirigentes amadores, que mais pareciam estar comandando um clube do seu bairro.
Mas tudo não passou de uma ilusão, enquanto víamos um Coritiba em seu limite, do outro um adversário com “ar blasé”, que parecia estar jogando um torneio qualquer, sabendo que chegaria a vitória a hora que quisesse.
A derrota nos dois jogos apenas evidenciou ainda mais o abismo que separa os dois clubes atualmente. Culpa, não só da diretoria atual, mas também daquelas que o antecederam, que contribuíram para o momento em que vivemos, quando somos ironizados pelos jogadores rivais dentro de nossa própria casa.
Doloridos pela provável perda definitiva do maior ídolo atual do clube, vamos esfacelados para o campeonato brasileiro, onde se conseguirmos nos manter na primeira divisão já será uma grande vitória. Se com Rafinha já era difícil, em face da limitação técnica da maioria dos seus companheiros, o que será então de nós sem ele.
Reféns de uma diretoria incapaz e de um diretor de futebol incompetente, só nos resta torcer para que a doce ilusão de dias melhores possa um dia se tornar realidade. Enquanto isso não acontece, vamos seguidamente nos recuperando de derrotas doloridas.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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