Falando de Bola
O futebol mudou mesmo, pelo menos para alguns. Antigamente se via jogadores e comissão técnica indignados com resultados ruins dentro de casa contra equipes inferiores, pelo menos na teoria. Hoje o que vemos é um conformismo, pelo menos público, de desanimar até mesmo o mais otimista dos torcedores.
A entrevista coletiva do Jorginho deu a clara dimensão do quão pequeno o Coritiba foi transformado por Samir e seus diretores. O treinador, mesmo com um empate “xoxo” em casa, contra o Operário de Ponta Grossa, que em outros tempos vinha ao Couto apenas para saber de quanto iria perder, teve a ousadia de dizer na coletiva que viu evolução em seu time. Pura demonstração de pequenez, além de tentar passar ao torcedor uma sensação de conformismo com a mediocridade que se enraizou no Alto da Glória sob as mãos do presidente.
A atuação do time contra o Operário foi apenas o reflexo do que vem acontecendo com o Coritiba nos últimos jogos, apesar do time estar invicto há cinco partidas, o futebol jogado pelo time de Jorginho não credencia o Coritiba a lutar por uma das vagas.
Algo estranho acontece no Alto da Glória. Não é possível que um time de futebol que luta pelo G4 entre em campo tão desinteressado como o que vimos no primeiro tempo de ontem. O Coritiba foi amplamente dominado pelo adversário. Dos onze que entraram em campo, alguns ali vem enganando o torcedor há algum tempo. E os outros que pelo menos não enganam, mostra uma falta de qualidade técnica impressionante, o que explica a dificuldade do time Alviverde contra adversários sofríveis.
Na verdade, só nos restou a ilusão de que o Coritiba é melhor do que os adversários que vem enfrentando, pois na prática o time Alviverde se mostra tão medíocre quanto aqueles que enfrenta.
Existem jogadores que não é necessário muito esforço para perceber que o seu futuro como jogador de futebol não é muito longínquo. Rodrigão é um deles.
O atacante Alviverde, que um dia já empolgou a torcida com seus gols e assistências, hoje não passa de um “estorvo” em campo, um jogador que mais atrapalha do que ajuda o seu time.
Rodrigão está mais para um peladeiro de final de semana, do que para um atleta de futebol. Com seu peso, sua barriga e sua falta de mobilidade, o ainda artilheiro da equipe se mostra um peso morto em campo.
Vendo Rodrigão jogar fica fácil de entender o porquê que não querem o jogador no Santos, o porquê que não ficou no Avaí, no Bahia e o porquê que não ficará no Coritiba no ano que vem.
O futebol atual não tem espaço para jogadores que não são profissionais. E o futebol atual não tem mais espaço para jogadores que não levam a sua profissão a sério, como é o caso de Rodrigão.
Daqui quatro anos, no máximo, Rodrigão, que hoje tem 26 anos, estará se arrastando em campo com 150 kg e jogando em clubes do Norte e Nordeste que disputam a Série D.
O Coritiba ainda está na luta e tem um jogo a menos para tentar a permanência no G4. Mas com o futebol medíocre que o time vem apresentando será que ainda existe algum torcedor que acredite que o time de Samir, Pastana, Jorginho, Rodrigão e cia conseguirá o acesso para a Série A?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)