Falando de Bola
O rebaixamento do Athletico para a Série B marca um ponto crucial no futebol paranaense e nacional. Um time que, em muitas ocasiões, se vangloriou de sua suposta superioridade em relação ao Coritiba e que desdenhou de sua histórica rivalidade local, agora cai do pedestal alimentado por arrogância, prepotência e ilusões de grandeza.
De soberanos a desiludidos
Por anos, parte da torcida do Athletico sustentou que o Coritiba havia deixado de ser rival. Para eles, o clube vivia um patamar diferente, rivalizando com gigantes como Flamengo, Palmeiras e até mesmo clubes internacionais, como River Plate e Boca Juniors. Essa narrativa, inflada pela conquista da Sul-Americana e por alguns momentos de sucesso em competições nacionais e continentais, mostrou-se frágil diante do implacável campo da Série A de 2024. Hoje, o Athletico encara uma dura realidade: são rivais, sim, mas de Amazonas, Volta Redonda, Athletic e Novorizontino, entre outros.
Nenhum grande caiu
Com o rebaixamento do Athletico, um fato curioso emerge: nenhum dos clubes tradicionalmente considerados "grandes" do futebol brasileiro foi rebaixado neste ano. Isso reforça a ideia de que o Athletico, apesar dos títulos recentes e do marketing agressivo, não atingiu o status que afirmava ter. Cai como qualquer outro clube que negligencia erros internos, desrespeita adversários e subestima o equilíbrio do futebol brasileiro.
Um estímulo ao Coritiba
Deixando de lado a rivalidade por um momento, é importante destacar que a presença do Athletico na Série B em 2025 pode ser benéfica para o Coritiba. A pressão de não ficar atrás do maior rival deve mobilizar o clube a investir e planejar com mais cuidado para buscar o acesso à Série A. Com os dois maiores clubes do Paraná na mesma divisão e sem a concorrência de gigantes do eixo RJ/SP/MG/RS, a Série B pode se transformar em um verdadeiro campeonato paranaense dentro do cenário nacional.
De volta à realidade
O rebaixamento é um lembrete cruel, mas necessário, de que o futebol é cíclico e implacável. A arrogância nunca foi um bom companheiro de viagem, e agora o Athletico terá que encarar uma realidade que talvez não imaginasse: a de um clube que ainda precisa provar sua grandeza e lidar com um cenário que não se molda à narrativa que criou para si.
A vingança do futebol
Por fim, vale recordar as palavras desrespeitosas do atacante Pablo em relação ao Coritiba. A vingança veio, de fato, a cavalo — e não poderia ser mais simbólica. A soberba que pautou atitudes e discursos agora dá lugar a um silêncio que ecoa pelos corredores da Arena da Baixada e entre os torcedores que, há pouco, acreditavam estar acima de qualquer rival.
O rebaixamento do Athletico não é apenas um tropeço; é um marco. Um momento de reflexão para eles e de mobilização para o Coritiba. Que a Série B de 2025 seja um cenário onde ambos os clubes possam mostrar seu valor — mas desta vez, com humildade, respeito e foco no que realmente importa: o futebol.
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