11

Ricardo Honório13/07/15, 18h56
Falando de Bola

A receita do fracasso

Alguém em sã consciência diria hoje que este time do Coritiba, um dos piores que já vi nos meus trinta e nove anos de vida, tem alguma condição de lutar para fugir do rebaixamento?

Uma equipe que não ganha dentro de casa, em seis jogos tem duas vitórias, dois empates e duas derrotas, e que quando sai para atuar longe de seus domínios tem um desempenho ainda mais pífio, certamente junta alguns dos ingredientes para a receita do fracasso.

Aliás, ver o Coritiba jogar longe do Couto Pereira é extremamente frustrante. E isso não é hoje. Parece que uma maldição vem acompanhando não só os jogadores como também comissão técnica e dirigentes. A impressão que dá é que eles já vão para os jogos fora de casa sabendo que irão ser derrotados, tamanha a passividade mostrada dentro de campo.

Somam-se ao desempenho da equipe dentro de campo, jogadores descompromissados e com a cabeça longe do Couto Pereira, qualidade técnica duvidosa, diretores amadores e perdidos, erros em avaliações nas contratações, e torcedores impacientes, entre outros vários fatores.

Sim, a torcida também faz parte da receita do fracasso, pois o Coritiba só tem se mostrado forte dentro de casa quando tem o apoio do seu torcedor, mas como a simbiose entre time e torcida não existe, muito mais pelas ridículas apresentações da equipe dentro de campo, o torcedor tende a se mostrar ainda mais impaciente, e infelizmente jogadores fracos mentalmente, como parece ser a grande maioria do elenco Alviverde, devem render muito menos sem apoio das arquibancadas.

A torcida tem o dever de apoiar e empurrar este time, mesmo sendo ele composto por diversos "cabeças de bagre", mas a paciência com as trapalhadas cometidas pelo Coritiba e pelas pessoas que o dirigem acabou, e talvez seja exigir demais o apoio do torcedor quando vemos dentro de campo a lentidão da dupla de zaga, as avenidas deixadas pelos laterais em seus costados, a ineficiência técnica dos volantes, a falta de armação na meia-cancha, e a falta de um atacante que empurre a bola para dentro.

Porém, por mais que a torcida apóie e empurre o jogo inteiro, a qualidade técnica do time não mudará, e as fragilidades do elenco continuarão visíveis. Se os jogadores ainda se doassem dentro de campo o incentivo das arquibancadas até ajudaria a mudar alguma coisa, mas o futebol atual é bem diferente de antigamente. Não vemos mais jogadores, com raríssimas exceções, com amor a camisa e dando o sangue dentro de campo.

E a falta de motivação agrava-se ainda mais quando o atleta vê que fora de campo o clube se encontra dividido e dirigido por pessoas que parecem estar completamente perdidas no exercício se suas funções.

Pobre Coritiba, um tradicional clube do Estado do Paraná, que hoje está mais para uma confraria de alguns amigos que juntaram em um liquidificador todos os ingredientes para levar o clube ao fracasso, do que propriamente um centenário e respeitado clube de futebol que move a paixão de mais de um milhão de pessoas, mas que hoje infelizmente vem sendo conduzido pelos mesmos de sempre.

Respeitem a centenária história do Coritiba Foot Ball Club!!!

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

0 11

A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.

36 Ver todos os comentários