Falando de Bola
Sob o comando de Guto Ferreira, o Coritiba renova a esperança do seu torcedor em ver o clube alviverde fazer daqui em diante do Brasileirão uma campanha digna das tradições de um clube centenário que um dia já foi campeão brasileiro.
O primeiro desafio é contra o Fluminense, no Rio de Janeiro. Quis o destino que o novo treinador comece a sua jornada fora de casa, justamente o “Calcanhar de Aquiles” do Coritiba neste Brasileirão. A campanha longe do Couto Pereira é de envergonhar até mesmo o mais desligado dos torcedores Coxas-Brancas.
Mas diferente da comissão técnica anterior, quando já não se esperava mais a tão esperada vitória longe do Couto, a partir de agora a expectativa pela primeira vitória passa a ser mais forte, na medida de que a máxima no futebol de que a troca de treinador pode trazer um fato novo nunca veio em um momento tão apropriado.
A expectativa já começa em saber qual o time que vai pro jogo. Isso deve inclusive mexer com o grupo de jogadores, pois com a chegada do novo treinador, todos passam a ter chances iguais de se tornarem titulares. Jogadores intocáveis com Morínigo podem passar a não ser tão intocáveis assim com Guto Ferreira. Aliás, se analisarmos friamente, após a saída de Igor Paixão, do time que vinha jogando, talvez apenas o capitão Willian Farias seja titular absoluto nesse time. Mas pensando racionalmente, acho que nem ele.
O Coritiba precisará ser reconstruído para ter êxito nestes dezesseis jogos que restam. Afinal é para isso que serve um novo treinador, para recomeçar a montagem de um time que não vinha funcionando como se esperava.
Mas a virada de chave não depende apenas do fato motivacional ou da mudança de peças ou de esquema de jogo que o novo treinador trará. Depende muito da postura dos jogadores. São eles que podem tirar o Coritiba desta situação e devolver o sorriso ao torcedor Coxa-Branca. Até agora isso não vinha acontecendo, pelo contrário, o comprometimento com a instituição era algo que parecia não existir em alguns jogadores.
Como em um milagre, a saída de Morínigo fez também com que Robinho se recuperasse de uma contusão que parecia não ter cura. Afinal, já eram dois meses no Departamento Médico sem saber o que se passava com o meia. Mas só a recuperação física não basta. É preciso jogar bola, pois até agora o experiente jogador não tem uma assistência ou gol nos dez jogos que disputou no Brasileirão.
Quem sabe também, a chegada de Guto Ferreira faça jogadores como Diego Porfírio, Galarza, Régis, Fabricio Daniel e Neilton, entre outros, jogarem bola, pois o que mostraram até aqui não os credencia para que a torcida Coxa-Branca confie que eles ajudarão a tirar o Coritiba desta situação.
Se o problema era só o treinador anterior, agora não se tem mais desculpa para o mau futebol. Que os jogadores mostrem dentro de campo que a chegada de Guto Ferreira pode realmente renovar a nossa esperança de que o Coritiba possa terminar o Brasileirão de forma digna e continuar na elite do futebol nacional para a próxima temporada.
Saudações Alviverdes
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