Falando de Bola
Hoje foi dia de reapresentação no Coritiba. Melhor seria se o dia de hoje fosse adiado em uma semana. Aí quem sabe, com o time principal em campo, o time Alviverde conseguisse conquistar uma vaga na Sul-Americana.
Mas isso já é passado. No planejamento Alviverde, se é que existe, o melhor é ser campeão estadual do que disputar um torneio internacional.
Isso ficou evidente em um trecho, replicado abaixo, da coletiva de Carpegiani durante a reapresentação do time na tarde de hoje:
" Em relação ao último jogo (Brasileiro), o nosso campeonato (regional) não mudou a data de início, tivemos que jogar assim."
Sem a Sul-Americana, o calendário do Coritiba nesta temporada se tornou "enxuto", e o time terá três campeonatos ( Paranaense, Copa do Brasil e Brasileirão) para tentar conquistar alguma coisa.
Novidades no time? Algumas poucas.
Jonas, Werley, Rildo são conhecidos. São jogadores que podem ajudar. Matheus Galdezani, não muito conhecido, mas fez uma boa Série B pelo CRB.
Jonas é aquele volante mordedor. Com ele não tem bola perdida, nem troféu Belfort Duarte por respeito ao adversário. Depois da saída de Leandro Donizete, o Coritiba deve voltar a ter um xerife na frente da zaga.
Werley é um zagueiro experiente. Não vem em boa fase, mas pode recuperar seu futebol no Coritiba. Com ele, o time Alviverde ganha uma importante jogada ofensiva aérea.
Rildo é uma incógnita. Se estiver em boas condições físicas pode ser útil. Caso contrário, o Departamento Médico do clube ganhará um hóspede permanente. Tem velocidade e é insinuante. Mas não é de fazer muitos gols. Com a camisa do Coritiba, tanto pode vir a ser um Rafinha quanto um Anderson Bartola. A torcida deverá ter paciência no início.
Matheus Galdezani pode ser aquele tipo de contratação de que não se espera muita coisa, mas que no final pode ser surpreendente. Sabe jogar, tem bom passe e chega para concluir a gol. Ainda por cima sabe marcar. O contrato de um ano apenas pode fazer a torcida Alviverde lamentar no final da temporada.
Outros jogadores não conhecidos já se apresentaram para os exames médicos.
O zagueiro Marcio, do Atibaia, chega para ser uma opção. Quem sabe o clube paulista não forneça mais um bom jogador como fez com o atacante Iago.
O meia Léo Santos, chega do Náutico. É um jogador jovem, de 20 anos. Já passou pelo Atlético em 2015. O que preocupa é que o time da Baixada não costuma liberar jogador quando ele tem qualidade. Mais uma aposta.
E chegou ainda o atacante colombiano Yilmar Filigrana, aposta de Borba Filho. Os números do jogador, de 26 anos, não são muito animadores, mas resta torcer para mais uma aposta de sucesso do ex-treinador do Coritiba, que já indicou o colombiano Ferreira ao Atlético.
Algumas ausências serão sentidas. Cesar Benitez, Nery Bareiro, Cesar Gonzalez e Leandro seriam úteis, porém não acertaram suas permanências. Com a escassez de meias, talvez até a permanência de Juan devesse ser discutida. Mas a diretoria, em um discurso de contenção de gastos tentou reduzir o salário de alguns, sem sucesso.
Devem chegar mais reforços, principalmente para as laterais e meio, principal carência do Coritiba atualmente.
William Matheus, lateral-esquerdo, está negociando. Foi muito bem no Goiás, passou sem brilho no Palmeiras, mas no Fluminense foi muito mal. Com a política do clube de não contratar medalhões, se chegar, ganha a posição.
Rafael Longuine, meia, é outro que o clube tenta. Sinceramente, não sei o porque de tanta insistência neste atleta. Desde 2015 no Santos, o jogador ainda não conseguiu emplacar no time paulista. Não o vejo como um meia que chegaria para assumir o papel de protagonista da meia-cancha, como aconteceria caso o argentino Matias Suarez fosse contratado. Mas torço para estar errado, caso ele seja contratado.
E outra negociação que está próxima é o retorno do atacante Henrique Almeida. Apesar de gostar do atacante, mesmo antes dele jogar no Coritiba em 2015, não sei se seria uma boa investir nele neste momento. Talvez fosse hora de apostar nos atacantes que o clube já tem, e dar mais chances aos garotos Indio e Mosquito. Com o dinheiro que deverá ser investido para trazer Henrique, o Coritiba poderia trazer um camisa 10 de respeito.
E assim começa a temporada Alviverde, recheada de apostas. E este começo não foi diferente dos outros anos. A torcida sempre espera por nomes consagrados e que venham para serem titulares absolutos, mas acaba sendo "presenteada" com jogadores " encostados" em seus clubes ou apostas.
Resta torcer para que desta vez dê certo. Ou então, esperar que lá por maio, o clube gaste o que não tem para contratar jogadores que venham resolver os problemas que não foram solucionados no começo da temporada.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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