Falando de Bola
Você nunca pode desdenhar de um time com a tradição do Coritiba em competições regionais, seja qual for o time adversário.
O Londrina fez a parte dele no primeiro jogo da semifinal. Armou um verdadeiro circo, fora de campo e dentro dele.
A vitória de 1x0 já bastaria para ir a final do campeonato paranaense, já diziam muito londrinenses. Mas esqueceram que do outro lado estava o Gigante Alviverde, o time com o maior número de títulos do estado do Paraná.
E a história do segundo jogo foi completamente diferente e inesquecível para o torcedor Alviverde que compareceu ao Alto da Glória.
O "Tubarão" até que conseguiu enrolar o jogo no primeiro tempo. Qualquer dividida e seus jogadores, ou seriam atores?, iam para o chão. Os onze Alvicelestes jogavam atrás da linha da bola. O seu treinador povoou a meia cancha, mas deu espaços para o Coritiba jogar pelas laterais.
O Coritiba mantinha a posse de bola e o domínio territorial da partida, mas praticamente não ameaçava o gol adversário. O mais próximo que chegou ao gol de Vitor foi em um lindo chute de Wellington Paulista, que por centímetros não fez um gol de placa no Couto Pereira.
A saída de Rafhael Lucas, por contusão, deixou uma pulga atrás da orelha do torcedor Alviverde. A entrada de Keirrison, então, fez com que a pulga dobrasse, ficando agora uma em cada orelha.
Como que o técnico Marquinhos Santos apostaria em um jogador sem ritmo para entrar em uma partida complicada e truncada? Só pode ser louco, diziam alguns.
Mas quando se tem qualidade, nunca podemos duvidar da capacidade de um jogador.
Na primeira participação uma bela jogada e um chute que quase foi parar nas arquibancadas. Mas na segunda, domínio preciso, corte no zagueiro e uma bela assistência para Negueba, que mesmo perdendo um pouco do tempo da bola, conseguiu tirar da cartola, ou seria do chapéu?, um lindo chute que foi morrer no canto esquerdo do goleiro Vitor.
Na comemoração a mão no pescoço, "degolando o adversário", que estava entalado na garganta.
Era o que faltava para o Couto Pereira explodir de vez. O gol de Leandro Almeida, logo em seguida, "continuou a degola" ao adversário, que se mostrava cambaleante em campo.
O Londrina ainda tentou chegar ao gol de Vaná, mas o gol "ao acaso" de Helder "degolou de vez" o "Tubarão", que batido foi a nocaute imediato.
É comum no mundo em que vivemos o famoso "machão de cozinha". Aquele que faz ameaças, canta de galo, quando está em seu território, ou seja em sua casa. Mas quando sai fora dela ou é intimidado por alguém, vira um "galizé" na hora.
Esse é o caso do covarde volante Germano. Na primeira partida quis apitar o jogo e bateu até na sombra.
Mas na partida de ontem ficou bem quietinho, mal apareceu na partida e evitou os contatos físicos a todo momento. Só apareceu em uma cobrança de falta e quando recebeu uma chegada mais forte de Hélder.
Ontem, o volante londrinense provou mais uma vez que lugar de "galinho de briga" é dentro de casa, pois quando sai dela se borra de medo.
De tubarão em Londrina, Germano virou uma sardinha em Curitiba.
De tudo o que foi visto na partida de ontem, o mais gratificante para o torcedor Alviverde foi o espírito de luta demonstrado pelos jogadores.
O time se multiplicava em campo a cada dividida.
O fato de todos os atletas, titulares e reservas, perfilarem para cantar o hino, já dava mostras que o Coritiba seria um time muito diferente do que foi visto na primeira partida da semifinal.
Ontem o Coritiba foi o que a torcida queria. Se na técnica as coisas estavam difíceis, que a garra e a superação dessem as cartas então. Jogando daquela maneira, vai ser muito complicado para bater o Coritiba dentro de casa.
A final centenária do campeonato paranaense premiará os times mais regulares do campeonato.
Faz bem para o futebol paranaense ver o simpático Operário chegar a final depois de cinqüenta anos longe dela.
Que os jogos sejam decididos dentro de campo, com os times e as torcidas dando espetáculos dentro e fora dele.
E que a violência dos torcedores e as más arbitragens fiquem bem longe do Germano Kruger e do Couto Pereira.
E por falar em arbitragem, não vale nem a pena dedicar uma linha deste texto ao medíocre Edivaldo Elias da Silva. A única sugestão é que o referido árbitro peça a sua aposentadoria o quanto antes.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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