Falando de Bola
“Não é nossa culpa
nascemos já com uma benção
mas isso não é desculpa
pela má distribuição.”..
Plebe Rude
Olhei incrédulo para a escalação do Coritiba assim que ela foi divulgada. Esperava qualquer coisa, menos que o Jorginho repetisse contra o Grêmio a covarde sistematização tática utilizada no empate contra o São Paulo.
Se não bastasse a incompetência do treinador do Coritiba, ao repetir a escalação, Jorginho dava um tapa na cara de todo torcedor Alviverde, mostrando que ele faz o que quer no Coritiba e ponto final. E pior, mostrou ainda a falta de comando diretivo do clube, uma vez que se tivéssemos um dirigente que entendesse de futebol e que tivesse moral para cobrar o treinador, jamais veríamos repetir tal escárnio.
A derrota para o Grêmio pode ser creditada em sua totalidade ao treinador do Coritiba. A covardia tem seu preço, e ela não demorou três minutos para cobrar. E mais, levou mais alguns minutos para mostrar que a covardia tem um preço ainda mais alto quando é reincidente.
Quando o treinador resolveu alterar tudo aquilo que covardemente fez as coisas melhoraram, e por pouco o Coritiba não empatou um jogo que se desenhava como uma grande goleada para o time gremista.
E aí questionamos o porque dessa covardia toda, se quando estava melhor distribuído em campo o Coritiba conseguiu ser um pouco mais efetivo.
A covardia tática do time não foi a única barbaridade de Jorginho na partida contra o Grêmio. A colocação de Guilherme Biro como lateral-esquerdo mostra o quanto o treinador brinca com o futebol do Coritiba.
O clube tem dois bons laterais-esquerdos, Kazu e Ângelo, que sabe-se lá o porque, não são aproveitados no time profissional e desceram para o Sub-20. Na estreia do time na Copa do Brasil ontem, ambos fizeram gols na vitória por 3x0 sobre o Palmas. Enquanto no time profissional vemos um meia improvisado na lateral, na equipe de base vemos dois bons jovens jogadores mostrando que podiam ao menos ser uma opção para o setor.
A diretoria manteve Jorginho, talvez dando-lhe uma última chance contra o Fortaleza. Esse é o grande problema que assola o Coritiba há anos. Esperando sempre para depois. Jorginho não deveria nem ter voltado. Já que voltou, deveria ter sido mandado embora depois da derrota para o Fluminense, não foi. Deveria ser demitido depois do que fez contra o São Paulo, não foi. Poderia ainda ser demitido após repetir a escalação contra o Grêmio, não foi. Agora apostam as fichas em uma vitória sobre o arrumado Fortaleza que, jogando com um a menos, venceu o líder do campeonato.
A diretoria só está protelando o que vai acontecer mais cedo ou mais tarde. Sabemos que a permanência de Jorginho tem prazo para acabar. Até quando esperar?
Dizem por aí que o presidente Samir Namur, de forma cínica, falou que irá com Jorginho até o final, uma vez que já que foi a torcida que pediu a volta do treinador, ela que arque com a responsabilidade. Não quero acreditar que o presidente foi tão infeliz a ponto de dizer tal barbaridade. Se isso é verdade, a covardia não reside somente nas atitudes do treinador, mas também no mandatário do clube, que coloca nas costas da torcida a responsabilidade pela sua inaptidão para trabalhar no futebol.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)