Falando de Bola
Não dá para se iludir mais. A derrota para o Vitória deixou claro que escapar do rebaixamento será o caminho que o Coritiba irá trilhar até o final do campeonato.
A triste rotina da equipe Alviverde nos últimos anos parece ter contagiado a todos no Alto da Glória.
Dentro de campo, jogadores já nem reclamam mais de lances polêmicos, como no gol anulado de Rafael Longuine por impedimento inexistente após um recuo do zagueiro do Vitória. Nas arquibancadas, vaias ao final da partida, mas nem a organizada parece ter forças para protestar de forma mais clara. E fora de campo, diretores passivos que aceitam sem tomar nenhuma atitude a este marasmo que se tornou o Coritiba.
Ontem a esperança era a estreia de Rafael Longuine. O jogador até começou bem e mostrou ter qualidades. Se movimentou, procurou o jogo e apareceu para finalizar. Mas aí colocou a bola embaixo do braço para bater o pênalti e atrapalhou tudo. Me pergunto por onde anda a personalidade do Alecsandro, que neste momento deveria assumir a responsabilidade.
A perda do penalti parecia um "dejavu". Rodadas antes no Alto da Glória, Henrique Almeida isolou uma penalidade máxima contra o Fluminense e o Coritiba foi derrotado dentro de casa. Ontem, o filme se repetiu.
O time até que não fazia uma má partida. O Vitória bem fechado dificultava as ações ofensivas do time, porém pouco ameaçava o gol de Wilson.
Mas aí, novamente uma falha individual decretou o rumo da partida. Rildo entregou a bola de bandeja, ou melhor, de cabeça para o jogador do Vitória. No rebote de Wilson, Walisson Maia estava marcando sua sombra e deixou Kanu livre para abrir o placar.
Se as coisas já estavam ruins, o gol dos baianos piorou ainda mais.
Mas o time até empatou e se não fosse a burrice dupla do zagueiro Márcio, o gol de Alan Santos tinha sido validado e o Coritiba ao menos teria conquistado um ponto e não perdido para um adversário direto.
Sobre a burrice dupla de Márcio, uma porque fez com que o juíz anulasse o gol de Alan Santos, e outra ruim para ele mesmo, porque abriu espaço para a estreia de Cleber Reis no Atletiba, que entrará no time e não sairá mais.
Ainda deu tempo para a torcida ver um Anderson gordo e lento e um Henrique Almeida sem nenhuma condição técnica de entrar em campo.
O desafio agora é um Atletiba na Baixada. O Coritiba terá mais de dez dias para se preparar. Não poderia haver jogo melhor para se recuperar ou afundar de vez. O destino somente os jogadores poderão escolher. O problema é que não para acreditar nestes jogadores do Coritiba.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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