Falando de Bola
Há tempos eu não via um jogo longe do Couto Pereira tão fácil de ser vencido.
O Coritiba, no primeiro tempo, perdeu uma chance atrás da outra. Criava como não se tinha visto ainda neste Brasileirão.
O time controlava o jogo. O Vitória completamente desorganizado em campo, mal dirigido pelo seu treinador, e olha que na semana que o time baixno veio jogar na Baixada, tentaram convencer o Vágner Mancini a vir para o Coxa, em nenhum momento ameaçava o gol de Wilson.
Veio a segunda etapa, e o gol de Raphael Veiga, enfim, colocava justiça no placar.
O jogo seguia controlado, mas aí apareceram as coisas que só acontecem com o Coritiba.
O time baiano não conseguia incomodar, mas um lançamento inútil que iria parar nas mãos de Wilson, encontra o pé descalibrado de Juninho, que encobre o goleiro Alviverde e faz um golaço, contra.
O empate, a principio, não abate o time e Neto Berola cruza, Kazim, sozinho, ele e o gol, passa da bola, e perde uma grande oportunidade de ampliar o placar.
O Coritiba caiu de produção quando Pachequinho fez mais uma de suas substituições sem sentido algum, ao trocar o atacante Iago, que fazia boa partida, por Neto Berola, e o Vitória passou a mandar na partida.
E aí Marinho, que fazia uma partida muito ruim, dá um drible desconcertante em Walisson Maia, daquele que zagueiro que se preze nunca poderia tomar, e faz um golaço, virando uma partida que estava praticamente perdida para o time baiano.
O Coritiba ainda teve a chance de empatar, mas o turco-inglês Kazim, que fez uma boa partida, perde mais um gol inacreditável na frente do goleiro.
Como a bola pune os incompetentes, ainda sobrou tempo para Kieza, o atacante que não marcava há sete jogos, fechar o caixão do time Alviverde de maneira cruel, provando que a máxima "coisas que só acontecem com o Coritiba" está mais viva do que nunca.
A derrota enraizou o time Alviverde definitivamente na zona do rebaixamento, fato mais do que comum nos últimos anos.
Uma grande decepção para os torcedores, para quem, a Coxa Maior, prometeu que o Coritiba passaria a brigar, no mínimo entre os dez primeiros colocados do Brasileirão.
Após ver um jogo onde o time foi em grande parte do tempo infinitamente superior ao adversário e mesmo assim não conseguir os três pontos, pouca esperança de dias melhores restou, e muita preocupação pela frente.
Ainda resta um turno inteiro pela frente, para, mais uma vez, tentar escapar do rebaixamento.
Para isso, primeiro é preciso ter um técnico de verdade, e não um interino, que tem uma grande história no clube como jogador, mas vem sendo queimado por aqueles que mal sabem o que é uma bola de futebol.
E não adianta trazer nomes como Claudinei Oliveira ou o próprio Vágner Mancini, pois estes não fariam melhor do que Pachequinho tem tentado fazer. É preciso trazer alguém experiente, que tenha comando e que tente implantar uma filosofia diferente neste time.
Chegou a hora de Alex Brasil usar sua criatividade e mostrar que a desconfiança e rejeição que grande parte da torcida Alviverde tem pelo seu nome não procede.
Há, e quanto aqueles que a cada resultado negativo vem falar em estádio novo, nos resta contar os dias para que essa turma suma de vez do Alto da Glória.
De Bacellar, passando por Macedo, Guerra, e terminando nos cabos eleitorais "Indomáveis", esses sim, os grandes responsáveis por essa, que está se notabilizando como a pior gestão da história do Coritiba.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)