Falando de Bola
O Coritiba perdeu a primeira partida para o Goiás pela Copa do Brasil por 1x0. Pelo que o time Coxa-Branca jogou, ou melhor, deixou de jogar, o resultado saiu até barato e perfeitamente reversível para o segundo confronto.
Há vários fatores que podemos falar sobre a partida de ontem. A principal delas talvez foi a maneira recuada que o time entrou em campo. Aquela forma de jogar com certeza não é a preferida de dez entre dez torcedores Coxas.
Acho que neste quesito o técnico Sandro Forner pecou. O Coritiba jogou como time pequeno, respeitando demais o adversário, com a nítida impressão de que se satisfaria com um empate. Mas como naquela velha máxima do futebol: "quem entra em campo para empatar, dele sai derrotado".
Com certeza a intenção do treinador era marcar atrás da linha do meio-campo para que pudesse sair em contra-ataques rápidos. O problema é que ontem nada funcionou. O meio-campo não criou nada e o ataque não conseguia sair em velocidade. Na única bola que encaixou, o atacante Guilherme Parede perdeu um gol que muito provavelmente qualquer torcedor nas mesmas condições faria.
Aliás, ontem ficou ainda mais evidenciada a falta de qualidade técnica do time, principalmente na função de armação, leia-se um camisa 10, e nas pontas. Thiago Lopes e Guilherme Parede a torcida sabe que dificilmente vão fazer mais do que vem fazendo, mas a surpresa vem sendo as más apresentações de Iago Dias. Este jogador, que apareceu muito bem em 2016, parece ter desaprendido e deixado seu futebol no ano em que se destacou.
Outro fator negativo na derrota de ontem foram as substituições de Sandro Forner. A entrada de Wellington Simião fez o time jogar ainda mais abaixo do que vinha jogando com João Paulo, o que já não era muito também, assim como a colocação do atacante Pablo no lugar de Thiago Lopes, fazendo com o que o time terminasse a partida com quatro atacantes, mas sem ninguém para armar. A entrada de Evandro no lugar de Alecsandro, provavelmente foi em razão de cansaço do experiente atacante, mas também não fez o time ameaçar o adversário.
Um fato que pode ser colocado como atenuante na derrota de ontem, foram alguns desfalques, o principal deles o volante Vitor Carvalho. O jovem, que já estava encaixado na marcação junto aos demais atletas que compõe o sistema defensivo, fez muita falta.
Outro fato que pode passar despercebido ao se analisar o jogo no calor da derrota, é que não podemos esquecer que este time Alviverde vinha de uma seqüência pesada de viagens e jogos. E isso realmente faz uma enorme diferença neste futebol atual de muita força física.
Porém, mesmo que hajam algumas justificativas, plausíveis para alguns, para outros não, a diretoria precisará reforçar o time, para que o desgastante calendário do futebol brasileiro, assim como a fragilidade técnica da equipe, não atrapalhem o principal objetivo do Coritiba para a temporada, que é o retorno para a Série A.
Mas se por um lado a maneira retrancada com que o time atuou irritou a torcida, por outro o placar mínimo é perfeitamente reversível no Couto Pereira, desde que o Coritiba seja escalado de forma mais ofensiva, procurando o gol.
E a classificação na Copa do Brasil é muito importante, não só pelo lado financeiro, como também para o calendário Alviverde na temporada, já que uma eliminação na Copa do Brasil deixaria o Coritiba apenas com a disputa da Série B após o fim do campeonato paranaense.
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