Falando de Bola
O feriado de Corpus Cristi nos trouxe duas “pérolas” relacionadas ao Coritiba: as entrevistas de Samir Namur e Rodrigo Pastana, que viraram matéria no COXAnautas.
Como tem se tornado corriqueiro na gestão atual, nada de novidades, pelo contrário, um cardápio imenso de convicções sem sentido e um festival de desculpas, onde somente o mais ingênuo torcedor tem a capacidade de acreditar e confiar naquilo que foi dito.
Como era previsto, a vitória sobre o Guarani, mesmo que em uma noite de mais uma pífia atuação, garantiu o emprego de Umberto Louzer, e porque não também do Pastana.
A medíocre colocação na tabela, as atuações ruins, a falta de capacidade do treinador em criar alternativas para um time que é totalmente dependente de seu artilheiro, não bastaram para que o treinador fosse demitido, e assim, que o Coritiba pudesse aproveitar os mais de trinta dias de folga para iniciar um novo trabalho.
A “convicção” de Samir Namur manteve não só o treinador, como também o diretor de futebol, responsável por seguidos equívocos na montagem do elenco, jogando fora um bom percentual dos escassos recursos do Coritiba na vinda de Welinton Junior, Arancibia, Lucas Tocantins, Felipe Mattioni, Fabiano entre outros.
O problema é que a convicção do presidente tem data de validade. Tanto Samir Namur, quanto Rodrigo Pastana, ao dizerem que o time fez boas atuações, estão cometendo o maior erro na gestão de um clube de futebol que é a teimosia na insistência de algo que mostra ter prazo de validade.
E este prazo de validade pode durar até a partida contra o Criciúma, no dia 9 de julho. Depois de mais de 30 dias em treinamento, alguém imagina qual será o ambiente no clube caso o Coritiba volte derrotado do interior catarinense?
A vitória frente ao Guarani jamais poderia servir de parâmetro para a manutenção do treinador e até mesmo do diretor de futebol. Aquele jogo foi atípico, onde o Coritiba venceu com um gol de pênalti no final da partida, depois de passar 90 minutos sem um pingo de técnica, criatividade e organização tática.
Mas a decisão está tomada, Louzer e Pastana permanecem e a probabilidade do Coritiba ir adiante sem a vinda de nenhum reforço é muito grande. Assim, não dá mais para arriscar nenhum prognóstico em relação ao acesso para a Série A.
Mesmo que a segunda divisão seja disputada atualmente por times fraquíssimos, o Coritiba, nas mãos de Samir Namur, conseguiu igualar-se a eles, o que tirou do clube Alviverde a condição de um dos favoritos ao acesso.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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