Falando de Bola
Não me lembro de ter visto uma partida do Coritiba em que o time alviverde tenha sido amplamente dominado por um time como no primeiro tempo da partida contra o Atlético/MG.
A forma covarde com que o Coritiba entrou para jogar a partida contribuiu decisivamente para a derrota. Não foram poucas às vezes em que vimos os jogadores alviverdes todos em seu campo de defesa. Com os onze jogadores atrás da linha da bola, o time de Jorginho em nenhum momento na primeira etapa conseguiu chegar ao gol de Rafael, fazendo do goleiro atleticano um privilegiado observador da partida.
Engolido taticamente pelo time de Jorge Sampaoli, ficou claro que a intenção de Jorginho era se fechar e explorar os contra-ataques. Mas o problema é que o Coritiba não tem um jogador de velocidade para puxar esses contra-ataques. Além disso, a escolha por Giovanni Augusto se tornou estéril em face do precário estado físico do jogador, que não conseguiu articular nenhuma jogada enquanto esteve em campo.
Com a fragilidade técnica e tática, a única maneira do Coritiba igualar as ações da partida seria na base da imposição física, fato que aconteceu na segunda etapa após a entrada de Hugo Moura, que mais uma vez entrou muito bem na partida, mostrando que em breve ganhará a posição de titular.
Na segunda etapa, com Hugo Moura e Igor Jesus, Jorginho acertou o time, dando-lhe uma orientação tática diferente da que iniciou a partida. Mais forte fisicamente e melhor postado em campo, o time alviverde perdeu excelentes oportunidades de pelo menos igualar o placar.
Mas a falta de qualidade ofensiva, e as chances desperdiçadas por Igor Jesus, Sassá e Robson impediram que o Coritiba evitasse a terceira derrota dentro do Couto Pereira.
Destaques negativos para Jonathan e Rodolfo Filemon. Assim como já tinha acontecido contra o Botafogo, a dupla defensiva do lado direito mostrou mais uma vez que não tem condições técnicas para jogar em alto nível em uma primeira divisão.
A lateral-direita mostra o péssimo legado deixado por Rodrigo Pastana. Dois laterais, Patrick Vieira e Jonathan, e nenhum com condições de ser titular. Como um bom lateral-direito que foi, Jorginho já deve ter descoberto que tem que colocar o menino Natanael para jogar.
O miolo de zaga também começa a se mostrar um problema. Hoje, em boas condições, o Coritiba só tem Rhodolfo e Sabino, sendo que o primeiro tem sofrido com problemas físicos. Rodolfo Filemon, o primeiro reserva, se mostra fraco. Nathan Ribeiro, que poderia ser utilizado, passará novamente por uma cirurgia e não deverá voltar tão cedo. Sobra Rafael Lima e Henrique Vermudt, sendo que o jovem da base vem sendo utilizado como volante.
Contratar um novo zagueiro se mostra tão urgente quanto trazer um lateral-direito, um meia e no mínimo dois atacantes, um deles que saiba fazer gols, qualidade que falta ao Coritiba atualmente.
Giovanni Augusto também merecia ser citado como um destaque negativo. Porém todos sabem que esse jogador não tem condições físicas para entrar como titular em uma partida de campeonato brasileiro. Mas ao que parece, o único que não sabia era Jorginho.
O lado positivo do jogo foi a confirmação de que Hugo Moura é um bom jogador, e principalmente o retorno do meia Giovanni. Ainda sem estar em condições físicas ideais, o jogador mostrou em cinco minutos que tem bola para ajudar o time neste campeonato. Quando estiver com ritmo de jogo, deverá ser titular.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)