Falando de Bola
O Coritiba venceu o América, chegou a quarta vitória em oito jogos, mas o desempenho da equipe, principalmente no segundo tempo, nos deixou muito preocupados com o futuro da equipe na Série B.
Olhando o copo meio cheio, vemos que o desempenho defensivo da equipe é muito bom. Temos a melhor defesa da competição ao lado de Goiás e Remo, com apenas 5 gols sofridos, e ainda não tomamos gols no Couto Pereira — enfrentando, inclusive, quatro adversários apontados como postulantes ao acesso no início do campeonato.
Olhando o copo meio vazio, o desempenho ofensivo da equipe é muito ruim. Apenas 7 gols em 8 jogos, o que nos coloca com o 14º melhor ataque da competição, ao lado de América/MG e Botafogo/SP, e à frente apenas de Amazonas, Paysandu e Volta Redonda.
Para mim, o baixo rendimento ofensivo está diretamente ligado à falta de opções. Ruan Assis e Nicolas Careca não têm condição de jogar no Coritiba, mas não há alternativas no elenco. Isso compromete demais o setor. Não temos um jogador de velocidade que ataque o espaço e aproveite os passes em profundidade do Josué — e isso faria toda a diferença nos números do time na Série B.
Além disso, o Coritiba enfrentou apenas dois dos dez piores times do campeonato (Ferroviária e América), e ainda assim tem a melhor defesa da competição e não foi vazado no Couto Pereira.
Mozart pode melhorar? Pode e deve. Mas está longe de ser o principal responsável pelo desempenho ofensivo limitado. Ele tem méritos no sistema defensivo, que tem sido o grande pilar da campanha até aqui.
Mas é fato: reforçar o ataque é urgente. Se isso não acontecer, o Coritiba e o torcedor Coxa-Branca continuarão sofrendo — mesmo nas vitórias, como vimos diante do América.
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