Falando de Bola
Ricardo Oliveira ainda não teve tempo de mostrar o faro de artilheiro no Coritiba. O atacante de 40 anos, que não atuava desde março, chegou cheio de expectativa ao time Alviverde.
Relacionado em três jogos, o jogador estreou como titular contra o Fortaleza e pouco fez. Voltou a entrar em campo contra o Santos já no final da partida, e também pouco contribuiu para que o time tentasse ao menos empatar a partida.
Mas, se dentro de campo ainda não desencantou, no vestiário o jogador já desponta como um dos líderes do elenco. Tentando trazer um espírito vencedor ao time, Ricardo Oliveira já ecoa como uma das vozes mais fortes.
No aquecimento antes da partida contra o Santos, era nítida a concentração do jogador, se mostrando extremamente dedicado nos exercícios.
Com ainda 21 jogos para disputar no campeonato brasileiro, o atacante deverá ser bem útil para ajudar o Coritiba na luta para escapar do rebaixamento.
Se contra o Palmeiras o Coritiba teve total espaço para trabalhar a bola, contra o Santos isso não aconteceu. O matreiro técnico Cuca, sabedor da dificuldade defensiva do time Alviverde, ordenou que seus jogadores marcassem em linha alta, dificultando muito a saída de bola do Coritiba.
Outra tática foi a marcação sob pressão, que atrapalhou muito os planos do time alviverde na organização de jogadas. Quando o Coritiba pegava na bola, dois ou três santistas já marcavam em cima, fazendo a dobra na marcação e complicando o jogo ofensivo do Coxa.
Dobra essa que faltou ao Coritiba, principalmente no primeiro gol do Santos, quando Yan Sasse e Matheus Salles deixaram Natanael sozinho na marcação de Soteldo e Felipe Jonathan.
Jorginho tem demonstrado em suas entrevistas não ser muito adepto do futebol de Matheus Galdezani. A prova disso foi a colocação do jogador no banco de reservas assim que chegou ao Coritiba.
Após uma inversão errada de Galdezani no segundo tempo, Jorginho levou as mãos à cabeça e “bufou”, demonstrando enorme irritação com o erro do jogador.
Irritação essa que não aconteceu com um erro primário de outro jogador, que aconteceu na frente de sua área técnica.
Outro lance curioso, que nas entrelinhas mostra a satisfação de ambos em relação ao outro, aconteceu no intervalo da partida, quando, em entrevista à televisão, Galdezani “entregou” Jorginho dizendo que o treinador não lhe deu instruções ao entrar em campo, dizendo apenas: Entra no meio e manda o Matheus Salles para a lateral!
Jorginho não tem sido muito feliz quando resolve fazer alterações em seu time. Desde que reassumiu o Coritiba, são raras as vezes em que suas substituições dão algum resultado efetivo.
Contra o Santos, o treinador acabou com a principal alternativa ofensiva do time quando tirou Natanael. Apesar de estar tendo muitas dificuldades pela marcação em seu setor, o jovem lateral estava conseguindo chegar ao ataque com qualidade, aproveitando-se do enorme espaço que Felipe Jonathan deixava.
Quando Matheus Salles foi colocado por ali, o Coritiba praticamente não atacou mais pelo setor direito, deixando de aproveitar o espaço que o Santos deixava por ali.
Outra alteração que ninguém entendeu foi a entrada de Nathan Fogaça. O ponta, que ainda não conseguiu mostrar um bom futebol no time de cima, entrou como centroavante, passou a jogar como ponta pelo lado direito e acabou a partida como lateral, numa verdadeira salada mista promovida pelo treinador, que acabou não dando nenhum resultado.
O lance acontecido no final da partida, após uma cobrança de escanteio do Coritiba mostrou bem o baixo nível da arbitragem brasileira.
Após a cobrança, um zagueiro do Santos rebateu a bola, que voltou para Matheus Galdezani. Assim que a bola chegou ao meia do Coritiba, o bandeirinha levantou a bandeira marcando impedimento.
O técnico Jorginho e os jogadores do Coritiba o pressionaram dizendo que a bola tinha sido tocada por um jogador santista, o que de fato aconteceu. Em uma alternativa rápida para o seu grave erro, o bandeirinha sinalizou que a bola tinha feito a curva por fora, razão pela qual levantou sua bandeira.
O interessante disso é que o auxiliar não levantou sua bandeira assim que a cobrança de escanteio aconteceu, o que seria o correto, mas apenas o fez na sequência da jogada, deixando evidente o seu equívoco na marcação e atrapalhando os planos do Coritiba, que teria uma última oportunidade para chegar ao empate.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)