Falando de Bola
A demissão de Rodrigo Santana não causou surpresa em ninguém. Pelo menos não naquele torcedor que era favorável a opinião de que o treinador jamais deveria ter vindo.
A saída de Rodrigo Santana, após apenas seis jogos no comando do Coritiba, evidencia mais um dos inúmeros erros cometidos pela diretoria no futebol alviverde. Somente neste campeonato brasileiro o clube chega a marca da terceira demissão de treinador. Se somarmos todos que comandaram o time no Brasileirão chegamos a marca de cinco técnicos (Eduardo Barroca, Mozart, Jorginho Pachequinho e Rodrigo Santana), em um total de vinte e cinco jogos, o que dá uma média de um treinador a cada cinco jogos. Um número absurdo que evidencia e justifica a posição que o Coritiba se encontra no campeonato.
A bola pune os incompetentes, não há trabalho que resista a um planejamento mal feito, a um total desconhecimento da principal razão do Coritiba existir, que é o futebol. Desde que assumiu, a diretoria alviverde provou não saber absolutamente nada de bola. Diretores de futebol incompetentes, treinadores fracos, jogadores sem a menor condição de vestir a camisa do Coritiba. A mistura disso tudo resultou em três anos sem títulos, vexames dentro de campo, derrotas para times semiamadores e caminha para “coroar” a gestão atual com um novo rebaixamento à segunda divisão, que pode ser fatal, não só para as finanças do clube, como também para a autoestima do torcedor Coxa-Branca.
O Coritiba ainda tem treze jogos para disputar na Série A. Destes jogos, precisa vencer oito para não ser rebaixado. Muito difícil acreditar que um time que venceu apenas cinco, a maioria deles aos trancos e barrancos, vá conseguir melhorar seu retrospecto. A matemática existe e ainda insiste em prever chances ao time alviverde, mas é sabido que ela só funciona de fato com clubes que pretendem buscar algo e se empenham para isso, fatos muitos distantes do que é o Coritiba hoje.
Sem técnico, Pachequinho deverá ser efetivado apenas para levar o caixão do clube até a sepultura da Série B. Nenhum técnico com o mínimo de capacidade vai aceitar o desafio de tentar reerguer um time que está a um passo de um novo rebaixamento. E pelo histórico de treinadores da gestão de Samir Namur dificilmente a torcida poderia esperar um treinador que trouxesse uma nova motivação não só aos jogadores, como principalmente ao torcedor. E se treinadores experientes forem contatados pedirão um caminhão de dinheiro como uma forma elegante de dizer não a bagunça que é o Coritiba.
Diz o presidente Samir Namur que irá convocar os outros candidatos à presidência para dialogar sobre o novo técnico. Pura ilusão. Os caras não se entendem nem para realizar uma eleição, quem dirá para definir o futuro do clube dentro de campo. A guerra de egos e vaidades ali impedirá que se cheguem a uma conclusão, pois a última coisa que interessa de fato é o Coritiba Foot Ball Club.
Tudo o que está acontecendo não é à toa. É o resultado de uma construção de anos e anos de incompetência, de vaidades, de orgulho, de egos. O resultado não poderia ser outro.
A política do clube e seus politiqueiros são os grandes fatores responsáveis pela destruição daquele que um dia foi o maior clube do futebol paranaense.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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