Falando de Bola
E lá vamos nós para mais um Atletiba na final do campeonato paranaense.
Melhor assim. O torcedor fica mais motivado, a cidade vai respirar a rivalidade. Por mais que o rival esteja envolvido com a Libertadores, acho muito difícil eles deixarem de lado a final contra o Coritiba.
O primeiro jogo é na Baixada, mas preferia que fosse no Couto. Nunca fui favorável do primeiro jogo fora, pois fica muito difícil reverter quando se perde no primeiro jogo por uma boa margem de gols.
O Coritiba terá que jogar com muita inteligência para não sofrer como no ano passado, quando levou três gols no primeiro jogo da final.
Independente do time que o Atlético colocar em campo, o técnico Pachequinho terá que adotar uma estratégia que traga novamente o título paranaense ao Alto da Glória, coisa que não acontece desde 2014.
A vitória sobre o Cianorte trouxe algumas reflexões sobre o time do Coritiba.
O time ainda tem algumas carências, e elas precisarão ser sanadas para o Brasileirão, que começa a menos de um mês.
Rodrigo Ramos fez a sua melhor partida no ano, mas ainda não convence como titular da lateral-direita. Se Dodô não está conseguindo ser titular, é sinal de que está abaixo do seu companheiro. Um lateral, mais experiente e marcador, é necessário por este setor.
A dupla de zaga deve ter Walisson Maia e Juninho, pois com Werley o miolo de zaga fica mais lento. Mas ainda existe a possibilidade de Juninho, melhor zagueiro da equipe, ser negociado, portanto também é necessária a contratação de mais um jogador para a zaga. Marcio deve ser mais bem observado, pois foi bem nos jogos que disputou.
Hoje, precisando da vitória, Pachequinho voltar a escalar a equipe com três atacantes, mas contra os grandes times do campeonato brasileiro esta tática é suicida. A meia-cancha fica muito desguarnecida e com pouco poder de marcação, quando Alan Santos joga como primeiro volante. Por outro lado, o time ganha com a boa saída de bola do jogador.
O problema é que para escalar quatro jogadores na meia-cancha, Pachequinho precisa de um companheiro para Anderson. Tiago Real é fraco, e não dá consistência ao time. Contra o Cianorte foi a peça mais fraca da equipe.
Após a entrada de Matheus Galdezani, o Coritiba melhorou sensivelmente. O time teve mais posse de bola e volume de jogo, e o terceiro gol saiu após um bom passe do volante para o atacante Iago.
Com o elenco atual, Galdezani, Alan Santos e Anderson são titulares na meia-cancha. Falta um jogador para atuar mais próximos dos atacantes, atuando como um “enganche”. Matias Suarez poderia ser este jogador, mas a sua vinda está complicada.
No ataque, Kleber é titular. Para jogar ao seu lado, Pachequinho tem algumas opções. Neto Berola, Iago Dias e Rildo deverão brigar pela vaga para atuar ao lado do Gladiador. Henrique Almeida dificilmente começará o Brasileirão como titular, pois com ele e Kleber ao mesmo tempo, o time perde em movimentação.
Com um calendário enxuto a tendência é que o Coritiba se dedique ao máximo no campeonato brasileiro. Se iniciar bem a competição, as chances de fazer uma boa campanha são maiores, já que a maioria dos times estará também envolvida em outras competições, como a Copa Libertadores, Sul-Americana e Copa do Brasil.
Mas para que isso aconteça, a diretoria não pode levar em parâmetro um futuro titulo do campeonato paranaense, caso isso aconteça. É preciso lembrar das pífias atuações contra equipes mais frágeis, e ter a consciência de que no campeonato brasileiro as partidas as dificuldades serão maiores.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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