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Ricardo Honório09/01/17, 09h41
Falando de Bola

Diretor, treinador ou empresários?

Acreditei durante muito tempo que quando um jogador era contratado por um clube de futebol, ele chegava porque o treinador pedia, ou então, um olheiro do clube indicava.

Na verdade, o certo seria isso, mas não é o que acontece atualmente, pelo menos em clube sem "bala na agulha" para contratar.

Atualmente clubes, como o Coritiba por exemplo, contratam na maioria das vezes jogadores indicados por empresários. E tinha gente que dizia que isso acabaria no clube.

Uma das inúmeras promessas não cumpridas pela chapa COXA MAIOR, que levou Rogério Bacellar a presidência do clube era acabar com a farra dos empresários no Alto da Glória.

Mas ao que parece não é isso que está acontecendo.

Ano passado, o Coritiba trouxe de uma só vez três jogadores paraguaios.

O alvo principal era o atacante Jorge Ortega, cujo feito mais conhecido até então era um golaço contra o Atlético/PR pela Copa Sul-Americana. O atacante veio e junto com ele outros dois jogadores, Benitez e Nery Bareiro, que a torcida nunca tinha ouvido falar, acredito que nem mesmo o treinador Gilson Kleina, que na época comandava o clube.

Detalhe, a carreira dos três é gerida pelo empresário Regis Marcos Chedit.

Esse ano, três jogadores chegarão ao mesmo tempo. Os volantes Jonas e Matheus Galdezani, e o meia-atacante Léo Santos.

Jonas é o mais conhecido. Sua contratação é tentada desde o início do ano passado. Matheus Galdezani fez uma excelente Série B pelo CRB. Isso o pode ter credenciado a vir para o Coritiba. E Léo Santos, ninguém conhece. O que se sabe é que era pouco aproveitado no Náutico e que foi dispensado do time B do Atlético/PR em 2015.

Qual detalhe comum entre os três? Carreiras agenciadas pelo empresário Eduardo Maluf.

Será que realmente algum olheiro do clube aprovou as vindas de Matheus Galdezani e Léo Santos ou foram indicações do empresário?

E por último uma situação curiosa.

O desconhecido atacante colombiano Yilmar Filigrana, que jogava no Deportes Quindio, da segunda divisão de seu país, foi trazido, segundo o clube, após observações de olheiros do clube.

O jogador deve ter impressionado muito os olheiros do clube nos poucos minutos em que jogava as partidas, pois na grande maioria delas estava no banco de reservas.

O curioso é que segundo pesquisa entre torcedores do Deportes Quindio, Filigrana foi eleito disparado como o pior jogador do ano de 2016 do clube.

E apesar de Filigrana ser um jogador desconhecido entre os torcedores Alviverdes, sua carreira é agenciada por Gianfranco Petruziello, empresário de Luccas Claro e de outros vários jogadores do elenco do Coritiba.

O atacante Filigrana teria sido observado por olheiros Alviverdes ou teria sido uma indicação do empresário?

Com situações assim, fica uma grande dúvida em relação a montagem do elenco Alviverde.

Seria o Departamento de Futebol, o técnico Carpegiani ou os empresários que estariam montando o elenco do Coritiba para 2017?

Com a palavra...

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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