Falando de Bola
Não foram poucas as vezes em que eu, nas diversas fases ruins do Coritiba, disse a pessoas do meu círculo de amizade que não me importaria mais com o Coxa. E que só continuava a acompanhá-lo por conta de ser o editor do COXAnautas. O compromisso com os leitores do canal de informações mais antigo sobre o Coritiba em muitas vezes me motivou a continuar acompanhando o clube.
Mas, ao ser tomada por uma ansiedade gigantesca por conta do jogo contra o Bragantino, cheguei à conclusão de que o Coritiba é uma “doença” que não tem cura. Vou carregá-la comigo pela vida inteira, enquanto me fizer presente nesse plano terreno.
Toda vez que sou tomado por sentimentos controversos em relação ao tempo que dedico pelas coisas do Coritiba, e que de certa forma traz uma sensação de dúvida se devo continuar ou não, lembro da talvez mais famosa canção de Roberto Carlos, onde ele diz: Se chorei ou se sorri, o importante é que emoções eu vivi!
Não posso mais tentar enganar a mim mesmo de que não irei mais me importar com meu clube do coração. Isso não existe. Com certeza ele não é mais prioritário em minha vida, como foi quando eu era criança em que cada vitória do Coritiba, principalmente em clássicos, eu ia todo orgulhoso para o colégio com o manto Alviverde por baixo do uniforme e fazia questão de mostrá-lo aos amigos que torciam para os rivais, mas ainda traz sentimentos que são inexplicáveis.
E o sentimento que estou sentindo nesta semana não se explica, se vive. A ansiedade para o jogo contra o Bragantino é muito grande. E o jogo decisivo não começará apenas no próximo domingo. Ele já começará na quinta com o jogo do Atlético/GO contra o Brasil. Uma derrota dos goianos pode nos trazer o tão sonhado acesso já no domingo, sobrando o jogo contra o Vitória na última rodada apenas para uma sessão de descarrego em solo baiano, se livrando de todas as “mandingas” que nos foram impostas nestes últimos anos.
Mas se o Atlético/GO fizer a parte dele e passar pelos gaúchos, ainda dará tempo de secar o América/MG contra o Guarani. Aqui, o Coxa não precisa de uma derrota dos mineiros, basta apenas que eles não vençam, para que possamos comemorar o acesso passando pelo Bragantino.
E tudo isso vem permeando os pensamentos desde o encerramento do jogo contra o Oeste. É uma ansiedade gigante, que não tem como ser mensurada, provando que o amor pelo Coritiba nunca se acabará, tampouco será colocado de lado.
Duvido que todo aquele torcedor Alviverde que se diz “nem aí” para o clube, não estampe um enorme sorriso em seu rosto, assim como um grande alívio em seu peito, se o clube conquistar o acesso. Será sempre assim. O amor não se acaba, ele pode até esfriar, mas na primeira sensação de felicidade, esse amor volta em cargas ainda maiores.
Domingo, todos os caminhos levam ao Alto da Glória, seja para conquistar o acesso, seja para ir para a última rodada em boas condições para conquistar o objetivo em Salvador.
E a doença, aquela que não tem cura, continuará crescendo e se enraizando cada vez mais dentro de nós, sobrevivendo sempre a fortes emoções, alegrias e tristezas!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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