Falando de Bola
Salve, torcedor Coxa-Branca!
Mesmo em férias e a alguns mil quilômetros longe de Curitiba, é difícil não pensar em nosso Coritiba. Após acompanhar os resultados da última rodada do Brasileirão, a qual nos colocou novamente na lanterna do campeonato, bateu uma grande tristeza, confesso. Mais uma vez estamos em um dos únicos lugares que não queremos ver o Coxa estar, as outras são as três posições acima.
Há muito tempo não temos motivos para sorrir, pelo contrário, são anos e mais anos da mais pura incompetência enraizada no Coritiba.
Os pessimistas, ou melhor, realistas, já jogaram a toalha e já vislumbrar o Coritiba disputando a Série B em 2024, enquanto os otimistas como eu, ainda se apegam a um pequeno fio de esperança para ver esse inferno passar e o rebaixamento atingir outros quatro clubes que não o nosso.
E refletindo sobre o time e a janela de contratações, fico pensando se com os jogadores que chegaram o time pode fazer o que não fez até aqui: JOGAR BOLA!
Não nego que acredito que o time deu uma encorpada com as chegadas de Slimani e Samaris. São jogadores de qualidade, experientes, que jogaram em grandes clubes do futebol europeu e podem nos ajudar muito. Mas é isso, ajudar muito, não serem vistos que o time vai mudar da água para o vinho com a entrada deles, ou mesmo achar que eles serão os salvadores da pátria, pois não serão.
Slimani e Samaris chegam para dar experiência e qualidade ao time, mas não farão milagres sozinhos se o time não ajudar. E até agora, em 22 rodadas, o Coritiba dá poucas mostras de que poderá reverter este quadro, que a cada jogo que passa parece irreversível.
Se pensarmos que, apesar da qualidade e experiência, eles estão a um tempo sem jogar e nunca atuaram no futebol brasileiro, fica ainda mais claro que não podem ser vistos como os caras que carregarão esse bando nas costas. Precisarão de companheiros que os ajudem e que queiram tirar o Coritiba desta situação vergonhosa.
Eles precisarão que o time pare de tomar tantos gols, que a zaga pare de falhar, que os volantes marquem forte e não fiquem apenas cercando, que o meio crie jogadas para os atacantes, que os laterais comecem a acertar os cruzamentos, que o treinador acerte na escala e na estruturação tática, e o principal, que os seus companheiros entrem em campo conscientes da responsabilidade que carregam, algo que não vimos ainda neste Brasileirão.
Se isso vai acontecer, não sei, sinceramente. Mas ainda me agarro no último fio de esperança, e enquanto a matemática permitir, seguirei acreditando.
E torço para os jogadores acreditarem também, pois somente eles poderão nos tirar desta situação. E que todos os envolvidos tenham a consciência de que Slimani e Samaris podem ajudar muito, mas não serão os salvadores da pátria!
Saudações Alviverdes!
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