Falando de Bola
O Coritiba inicia o returno com uma ponta de desconfiança por parte da torcida coxa-branca. Os maus resultados contra Paysandu, Athletic e Amazonas frearam o bom momento da equipe e trouxeram à realidade alguns dos torcedores mais otimistas.
Mas qual é, afinal, o verdadeiro Coritiba? Aquele que venceu Chapecoense, Criciúma, Athletico e CRB fora de casa, e chegou a emendar nove jogos de invencibilidade? Ou aquele que perdeu para Ferroviária, Remo e Paysandu, e empatou com Botafogo/SP, Athletic e Amazonas?
Seja qual for o Coritiba, em uma coisa todos concordam: o ataque está devendo!
Sem reforços
Mozart e William Thomas foram categóricos: o Coritiba não trará reforços para o segundo turno.
As falas do técnico e do head esportivo são preocupantes. Por mais que o elenco seja competitivo e tenha condições de conquistar o acesso, algumas carências são evidentes, e as opções atuais para determinadas posições não têm correspondido.
O que leva o treinador a acreditar que Iury Castilho, com apenas uma assistência e nenhum gol em nove jogos pelo Coritiba, entregará 5, 6 ou 7 gols nas 19 rodadas restantes? Ou que Dellatorre e Gustavo Coutinho vão melhorar seu rendimento depois de um primeiro turno bem abaixo do que o torcedor esperava?
Se Mozart realmente acredita na recuperação desses jogadores, é preciso que ele proponha alternativas táticas que os ajudem a romper a má fase. Porque, pelo que vimos na maioria dos jogos do primeiro turno, fica difícil acreditar que o desempenho ofensivo vá melhorar apenas com discurso.
Otimismo
Apesar do momento ruim — talvez o pior do Coritiba no campeonato —, sigo otimista quanto ao acesso. Com 35 pontos, o time precisaria de mais 29 dos 57 ainda em disputa para atingir uma pontuação que, historicamente, garante vaga no G4. E com 10 dos 19 jogos restantes no Couto Pereira, a missão se torna ainda mais viável.
No entanto, para brigar pelo título e garantir uma vaga direta na terceira fase da Copa do Brasil, o Coritiba precisa jogar mais. A tendência é que, no segundo turno, algumas equipes cresçam de rendimento, dificultando os confrontos — sejam elas postulantes ao G4, sejam aquelas que lutam contra o rebaixamento.
O Coritiba precisa evoluir ofensivamente e resgatar a força defensiva que sustentou a invencibilidade de nove partidas. Se isso acontecer, o torcedor pode, sim, voltar a sonhar com a taça.
Saudações Alviverdes!
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