Falando de Bola
Voltar a vencer em casa foi importantíssimo neste final de primeiro turno. Com os três pontos, o Coritiba encerrou sua participação terminando na primeira parte da tabela.
O time não jogou um futebol primoroso, pelo contrário, ainda está muito aquém do que pode mostrar, mas fez um jogo seguro, controlando a partida e não dando chances de reação a uma Chapecoense, que parecia estar mais com a cabeça em Barcelona do que no Couto Pereira.
Após três jogos sob o comando de Marcelo Oliveira já dá para ver o dedo do treinador no time.
A defesa se mostra melhor postada, principalmente pelos lados do gramado. Não vemos mais a avenida que tínhamos pelo lado direito. Soma-se a isso a subida de rendimento de Léo, que principalmente ontem fez um bom jogo.
A meia-cancha ainda é uma incógnita. Se por um lado, o esquema com três volantes protege melhor a zaga, por outro o time ainda sofre com a falta de criatividade ali. A volta de Alan Santos, o melhor do jogo com a Chapecoense, já dá uma baita diferença no time, que precisa também que Matheus Galdezani volte a jogar. Jonas vem fazendo bem a sua função de marcador, roubando muitas bolas por jogo, mas na hora da construção de jogadas tem dificuldades. A entrada de Thiago Carleto na meia deu uma opção diferente ao treinador, que passou a ter uma jogada mais forte pelo lado esquerdo, porém o time continua carente da armação de jogadas na faixa central. A volta de Anderson pode resolver este problema.
O ataque parece ser o setor mais fortalecido com a chegada de Marcelo Oliveira. A efetivação de Alecsandro parece ter dado resultados, já que o jogador tem se dedicado e também parece ter assumido o papel de líder do time dentro de campo. Mas a principal alteração do treinador é na forma com que Rildo está jogando. Antes estático nas laterais do gramado, agora o atacante tem liberdade para atuar, passando de “marcador de lateral” para um atacante que foi o principal jogador do time nas duas últimas partidas, criando jogadas e marcando gol.
Coincidência ou não, o fato é que esta mudança de ataque fez o Coritiba passar a produzir mais no setor ofensivo.
Pelo equilíbrio no campeonato, tudo ainda está aberto para o Coritiba após estas dezenove rodadas. O time está tanto perto dos times que se classificam para a Libertadores quanto da zona do rebaixamento.
A impressão que se tem é que há tempos não se mostra tão viável se classificar para a Libertadores. Com exceção de Corinthians e Grêmio, as demais equipes não conseguem se sobressair às outras e com isso deixam em aberto todas as disputas do campeonato.
Se não fosse a seqüência negativa de apenas uma vitória em doze jogos, e os vários pontos desperdiçados dentro de casa, e o Coritiba estaria em uma posição muito melhor na tabela. Mas o saldo ainda é positivo se compararmos este final de primeiro turno da equipe Coxa com o de anos anteriores.
Na parte de baixo da tabela, ao que parece Atlético/GO e Avaí deverão carimbar seus passaportes para a segundona no próximo ano. Para o Coritiba escapar ainda faltam 22 pontos. E essa deverá ser a primeira meta neste início de returno. Atingindo esse número, aí sim partir para metas maiores, que são plenamente possíveis.
Um fator interessante e que pode ajudar o Coritiba é que o time, até a partida contra o Botafogo, em 23/09, pela vigésima sexta-rodada, só terá jogos ao final de semana, tendo o técnico Marcelo Oliveira tempo para treinar o time e o os jogadores se recuperarem após os jogos.
Mas é preciso ainda reforçar o time. Algumas peças não conseguem manter a regularidade.
Dois nomes são ventilados: Ernando, zagueiro do Inter, e Marquinhos, meia-atacante que está no Sport.
Ernando é um ótimo zagueiro, que foi encostado no Inter devido ao rebaixamento. O jogador foi considerado um dos melhores zagueiros do campeonato brasileiro nas temporadas 2012 e 2013 quando atuava pelo Goiás. Fez mais de 150 jogos pelo Inter em três temporadas. Números interessantes para um jogador que tempos atrás despertou o interesse de equipes como o Corinthians. Apesar de estar em baixa no time gaúcho pode ser um ótimo reforço para o Coritiba, chegando para assumir a titularidade do time.
Já Marquinhos é um cigano no futebol brasileiro. Surgiu muito bem no Vitória e teve passagens por grandes clubes como Flamengo, Palmeiras, Cruzeiro e Internacional. Tecnicamente é um jogador muito bom, de drible fácil e velocidade, mas sofre com lesões e não consegue se firmar em nenhum clube. Mas é outro jogador que em boas condições físicas pode ser muito útil.
Assim, os dois nomes cogitados são jogadores que podem ajudar muito a equipe neste campeonato brasileiro.
Agora é esperar para ver se estas contratações irão se confirmar.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)