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Ricardo Honórioontem, 09h17
Falando de Bola

Entre aplausos e críticas, o Coxa fez o que precisava

A temporada de 2025 chegou ao fim com o principal objetivo alcançado e com um bônus especial: o acesso à Série A acompanhado da conquista do título da Série B. Entre aplausos e algumas vaias, o time alviverde entregou exatamente aquilo que a diretoria havia prometido: recolocar o Coritiba na elite do futebol brasileiro.

O futebol apresentado não foi dos mais vistosos, mas foi extremamente eficiente. O Coritiba se mostrou um time difícil de ser batido e teve no seu sistema defensivo o grande ponto forte, encerrando a competição como a defesa menos vazada do campeonato.

Se dentro do Couto Pereira o desempenho deixou a desejar em algumas partidas, incluindo a impressionante marca de sete empates sem gols, longe de casa o Coxa foi dominante. Terminou a Série B com a melhor campanha como visitante, mostrando maturidade e competitividade quando mais precisou.

Não há motivos para lamentar 2025. Mesmo as eliminações precoces no Campeonato Paranaense e na Copa do Brasil não apagam uma temporada que terminou com o torcedor coxa-branca sorrindo: título no peito, acesso garantido e o rival terminando em segundo lugar. Um roteiro que talvez nem o mais otimista imaginasse.

DESTAQUES

O sistema defensivo foi, sem dúvida, o grande trunfo do time. Pedro Morisco, Maicon e Jacy fizeram um campeonato seguro e decisivo. Morisco salvou a equipe em diversas partidas, mas a consistência defensiva aumentou ainda mais quando a dupla de zaga passou a atuar junta com regularidade, e o goleiro passou a ser menos exigido.

Jacy, aliás, foi a maior revelação de 2025. Contratado como volante junto ao Operário, assumiu a função de zagueiro e mostrou rapidamente por que Mozart confiava tanto no seu futebol. Além da qualidade técnica, mostrou carisma, identificação e se tornou um dos jogadores mais queridos pela torcida.

No meio-campo, a dupla Seba Gómez e Josué brilhou. O capitão virou de vez um símbolo do time, com muita entrega e gols decisivos, como o do Atletiba na Baixada. Já o português, que começou o ano em baixa, foi o grande maestro alviverde no campeonato. Com classe, força e liderança, Josué terminou a Série B como craque do campeonato e hoje é uma das principais esperanças para 2026.

Fechando os destaques, o jovem Lucas Ronier. Apesar de oscilar durante a temporada, encerrou o ano em alta e tem tudo para crescer ainda mais na próxima temporada.

2026

Com a manutenção da base titular e parte do elenco, o Coritiba deve contratar de seis a oito jogadores no início do ano, com possibilidade de reforçar ainda mais ao longo da temporada.

Não há motivo para acreditar em uma reformulação completa. Jogadores com contrato próximo do fim, como Alex Silva, Rodrigo Moledo, Zeca, Filipe Machado e Dellatorre, têm boas chances de permanecer e podem servir como peças de composição para Mozart, sem status de titulares.

Entre os titulares com contrato a vencer, apenas Maicon, Wallisson e Josué estão nessa condição, e todos devem permanecer para 2026.

Assim, o Coritiba pode iniciar o ano com uma base sólida: Pedro Morisco; (reforço), Maicon, Jacy e (reforço); Wallisson, Seba Gómez e Josué; Lucas Ronier, (reforço) e (reforço).

A estrutura já existe. Com reforços pontuais e um planejamento mais consistente, o Coritiba tem tudo para fazer uma boa temporada em 2026.

Saudações Alviverdes.

Ricardo Honório

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