Falando de Bola
Há menos de um mês, mais precisamente em 24 de abril, o Coritiba goleava o Paraná Clube por 5x0, em uma atuação que, se não foi convincente, deixou o torcedor Coxa-Branca um pouco mais otimista com o time. Tudo bem que o Coxa fez um primeiro tempo muito fraco naquela partida, mas no segundo tempo "passou o trator" no adversário.
De lá para cá tudo mudou. Cinco jogos foram disputados e o saldo foi pra lá de negativo. Quatro derrotas para times fracos e um empate contra outro time fraco. Mais um ponto, além do único que foi conquistado, e não estaríamos aqui comentando a vergonhosa desclassificação do Coritiba no campeonato estadual.
Por mais que o time ainda esteja bem longe do que o torcedor espera, principalmente pela prateleira ter sido enchida de jogadores de qualidade duvidosa, não precisava muito esforço para o Coritiba se classificar em um campeonato que conta com alguns times semiamadores, ainda mais se considerarmos o fato de que oito clubes, em um total de doze, se classificariam para a próxima fase.
A queda abrupta após o jogo contra o Paraná Clube precisa ter o seu motivo identificado. Seja ele uma possível falta de compromisso de atletas, ruindade técnica, desinteresse pelo campeonato, enfim, sabemos que algo aconteceu, o que não sabemos e talvez nunca saberemos, pois "No creo en brujas, pero que las hay, las hay".
Espero que a diretoria corrija o grande erro de percurso. A enorme humilhação com a eliminação precoce jamais vai ser esquecida, porém, deve servir para uma enorme reflexão dos inúmeros equívocos cometidos.
A gestão de Renato Follador começa de maneira desastrosa, bem diferente da expectativa que foi criada com o discurso do presidente em sua campanha, de certa forma muitas vezes até em certo tom arrogante, com o presidente demonstrando uma enorme confiança de que o rumo do Coritiba seria diferente sob sua gestão.
A identificação dos primeiros erros de percurso é até de certo ponto fácil de esclarecer, afinal são vários, desde os inúmeros equívocos nas contratações de jogadores sem a mínima condição de vestir a camisa do Coritiba, bem como a necessidade de um ajuste na forma de trabalho da comissão técnica, como possuir variações táticas de acordo com o adversário que irá enfrentar. Isso falando somente do futebol dentro das quatro linhas.
Restam duas semanas para a diretoria colocar a casa em ordem antes da estreia do Coritiba na Série B. Bem ou mal o time tem uma base formada por seis ou sete jogadores, e mais alguns suplentes úteis. É preciso, agora, ser assertivo nas próximas contratações, para que a base seja completada por jogadores de qualidade.
É justamente aí que se espera que a diretoria cumpra sua promessa de campanha e monte um time capaz de orgulhar o torcedor alviverde. Por enquanto, a única coisa que a diretoria de Renato Follador conseguiu foi envergonhar até o mais otimista torcedor do Coritiba.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
A opinião dos colunistas não refletem, necessariamente, a opinião do site.
Cada colunista tem sua liberdade de expressão garantida e assinou um termo de uso desse espaço.
Para que a minha glória a ti cante louvores, e não se cale. Senhor, meu Deus, eu te louvarei para sempre. (Salmos 30:12)