Falando de Bola
Simples, mas eficiente. Assim pode ser definida a atual fase do Coritiba.
Não é um time que encanta. Com exceção de uma firula ou outra de Negueba, são raras as jogadas de plástica beleza.
Mas se a plasticidade não é a tônica do time de Gilson Klein, a praticidade sim.
O time Alviverde tem dado poucas chances aos adversários nos últimos jogos, e quando tem a oportunidade, mata o jogo sem dó.
E isso tem sido a tônica desde a vitória contra o Paraná Clube. De lá para cá foram oito jogos, com sete vitórias conquistadas, vinte gols marcados e apenas dois sofridos, e se considerarmos que a derrota para o J. Malucelli aconteceu após inúmeros gols perdidos, nota-se facilmente a evolução da equipe.
Mas há de reconhecer que a nítida evolução da equipe tem feito também com que jogadas plásticas apareçam, como a boa troca de passes no terceiro gol, marcado com muita categoria por Juan.
E com a sequência de vitórias e a confiança dos jogadores aumentando, a tendência é que as coisas melhorem ainda mais.
O preparo físico da equipe tem feito a diferença, senão, o que poderia definir os "piques" dos veteranos Ceará e Juan ao final das partidas. É preciso louvar o bom trabalho desenvolvido por Róbson Gomes. Após anos com a preparação física sendo questionada pela torcida, o Coritiba enfim mostra que este é um problema superado.
Juan, aliás, tem sido a grande diferença deste time. Sempre foi um jogador diferenciado, desde que apareceu no São Paulo, mas talvez neste momento esteja em uma das melhores fases de sua carreira.
Para quem não lembra, o meia Alviverde jogou no Arsenal da Inglaterra, antes de voltar ao Brasil e fazer sucesso principalmente no Flamengo.
É sob o comando de Juan que o Coritiba tem se mostrado eficiente nos jogos. O meia tem mostrado aquilo que faltou a um meia Alviverde desde a aposentadoria de Alex, o deslocamento, qualidade no passe, infiltração e arremates precisos.
E assim, o Coritiba voltou a marcar nas bolas paradas. Com a sua precisão nos passes, o time Alviverde tem se mostrado extremamente perigoso no jogo aéreo.
Mas se com Juan a torcida tem se empolgado, o mesmo não pode se dizer em relação a Dudu.
A "eterna" revelação, não mais tão jovem assim, parece mais uma vez estar desperdiçando a grande oportunidade que a vida tem lhe ofertado.
Talvez a insistência de Gilson Kleina com sua titularidade deva-se ao fato da sequência de vitórias do Coritiba, que já são seis, pois se o time não estivesse nesta boa fase, seria muito provável que Dudu já estivesse esquentando o banco de reservas.
E a principal delas atualmente, Thiago Lopes, está cada fazendo cada vez mais a diferença positivamente quando entra no decorrer dos jogos.
Dificilmente o treinador Alviverde irá alterar o time nesta fase do campeonato regional, mas o bom leque de opções que tem a sua disposição, permite a torcida Coxa-Branca sonhar mais do que apenas lutar contra o rebaixamento.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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