Falando de Bola
Torcer pelo Coritiba nos últimos anos tem se tornado um exercício de paciência.
O Coritiba é aquele tipo de amor que você tem que amar incondicionalmente sem exigir nada, pois se for amar esperando algo em troca, o amor acabará rapidamente.
Assim, é torcer pelo time Alviverde nos últimos anos.
A cada brasileirão que se inicia, a esperança se renova. Duvido que não tenha um torcedor Coxa que pense:
“Desta vez vai, e o time não vai lutar apenas para não ser rebaixado.”
Mas a velha rotina de fracassos impede que na prática o torcedor tenha alguma esperança em algo maior do que apenas lutar entre os mais fracos do campeonato.
O Coritiba de hoje é pequeno, comandado por pessoas de intelecto diminuto, que não conseguem fazer nada melhor do que a posição do clube mostra.
A impressão que se tem olhando de fora é de um clube totalmente amadorístico.
E não é só impressão que causa isso, mas fatos.
Para contratar um atacante paraguaio, cujo maior feito foi um bonito gol no rival, não basta apenas trazê-lo, mas tem que se trazer junto mais dois jogadores paraguaios que não estão sendo utilizados, afinal o empresário deles precisava os colocar no mercado. E assim o dinheiro do clube vai indo para o ralo.
Quando Negueba foi fortemente assediado pelo Grêmio, a “solução” foi dar um aumento para ele, sem esticar o vínculo, afinal o jogador não queria permanecer no Coritiba mais do que até o final da temporada. A solução momentânea não deu em nada, afinal um mês depois o atacante de 24 anos foi para o mesmo Grêmio, e em seu lugar veio um volante de 33 anos que não estava sendo utilizado no time gaúcho.
Aí trazem um meia do Fluminense que não deu certo praticamente em lugar nenhum.
Aliás, a contratação de Felipe Amorim mostra o conformismo que tocou grande parte da torcida Alviverde, comprovado por alguns comentários em redes sociais após a fraca partida do meia contra o Palmeiras, quando alguns chegaram a dizer que o jogador fez uma excelente partida.
Onde o Coritiba quer chegar com Felipe Amorim de titular? E isso é apenas um exemplo de como anda o time Alviverde atualmente.
Planejamento em contratações não existe, aliás, o que menos existe no Coritiba é conhecimento. O que dizer de um presidente que deu entrevista dizendo que o clube precisava contratar um lateral esquerdo, quando dias antes o clube tinha trazido Emerson Conceição para a posição?
Nada se sabe sobre o que acontece dentro do Couto Pereira. Para o Departamento de Futebol estavam contratando um conselheiro que até tempos atrás era diretor de patrimônio. E só não foi contratado pela manifestação contrária da torcida nas redes sociais.
Aí cogitam para o cargo de diretor de futebol um cidadão que foi mandado embora do Santos por fazer negócios escusos, conforme matéria de um blog paulista, conhecido pela credibilidade de suas matérias.
O Coritiba atualmente é feito de improvisações.
O G5 desmanchou e foi montado com o que sobrou. O atual treinador é interino, o diretor de futebol era CEO, o melhor lateral-esquerdo do time é zagueiro, o melhor meia é lateral-esquerdo, e para completar dizem que o presidente mal aparece no clube.
Não tem como se espantar com os resultados dentro de campo, quando fora dele não se existe competência e organização. A impressão que se tem é que o Coritiba é um clube de ninguém.
O goleiro falha, o lateral falha, o zagueiro falha, o volante falha, o meia falha, o atacante falha, mas tá tudo bem e o lema é: ” Vamos trabalhar para corrigir os erros!”
As falhas vêm sendo cada vez mais corriqueiras no Coritiba, mas isso não é nada anormal para um clube que elegeu uma chapa que inscreveu seus membros em um papel com troca de membros de ultima hora, na famosa correção com “errorex”.
Portanto amigos, dizer o que de um clube que foi assumido por uma chapa cuja intenção maior era tirar o antigo presidente a qualquer custo?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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