Falando de Bola
O Coritiba foi se preparar em Atibaia para o jogo contra o Corinthians. Para esta partida o técnico Marcelo Oliveira levou o meia alemão Alexander Baumjohann, que ainda não recebeu nenhuma chance do treinador para entrar em campo, e deixou em Curitiba o meia Anderson, a grande contratação do time Alviverde para esta temporada, por deixar nas entrelinhas que o jogador não tem se dedicado nos treinamentos.
Para o jogo contra o Grêmio, Marcelo Oliveira deixou de fora da relação de convocados o meia alemão e voltou a relacionar o mesmo Anderson, que na semana passada tinha ficado aqui em Curitiba fazendo sabe-se lá o que. O meia revelado no próprio Grêmio, entrou em campo e com exceção de um passe de calcanhar que deixou Henrique Almeida na cara, não fez mais do que se arrastar em campo.
Na mesma partida contra o Grêmio, o treinador Alviverde tirou o meia Thiago Real aos 28 minutos do segundo tempo para a entrada do Neto Berola, com a clara intenção de usar as beiradas de campo para tentar a vitória. Mas logo em seguida, aos 31, tirou o atacante Rildo, que ao menos lutava em campo, para colocar o meia Anderson, recompondo a meia-cancha, deixando os torcedores presentes no Alto da Glória sem entender nada.
Estes dois fatos citados acima, mostram um pouco da confusão que virou o Coritiba. E esta confusão, está fazendo com que o time caminhe a passos cada vez mais largos rumo a segunda divisão.
Este jogo contra os gaúchos tinha um significado muito importante nesta árdua luta contra o rebaixamento.
Uma vitória faria o time voltar a vencer depois de oito jogos e poderia dar uma grande moral aos jogadores. Além disso, traria a torcida de volta e poderíamos, contra o Cruzeiro, ter o Couto Pereira com um público superior a 20.000 pessoas.
Porém, o Coritiba de Marcelo Oliveira produz muito pouco. Ou melhor, praticamente nada. O time depende quase que exclusivamente das bolas paradas do lateral Thiago Carleto, pois com a bola rolando, a criação de jogadas inexiste. E sem criação, vencer um jogo com um adversário fechado, é uma tarefa praticamente impossível.
Mas e agora, o que podemos esperar de um time que se mostra moralmente derrotado, abatido e que dá mostras de que não terá forças para tirar o Coritiba desta difícil situação?
Ontem, até comentei antes do jogo com meu amigo Sérgio Brandão e mesmo na live que fizemos, que se o Coritiba não vencesse o Grêmio, o técnico Marcelo Oliveira não resistiria e seria demitido.
Mas até o momento nada aconteceu. Nem mesmo os falastrões Ernesto Pedroso e Alex Brasil tiveram a hombridade de se manifestar após o jogo. Nas poucas vitórias que o time teve no campeonato os diretores eram os primeiros a se manifestar, inclusive dizendo que o Coritiba tinha um time de craques, mas agora que a coisa ficou feia de vez, ninguém aparece.
As chances matemáticas de escapar da queda ainda existem é verdade. Mas alguém em sã consciência acreditaria que este time do Coritiba, que comete falhas individuais, jogo após jogo, terá forças para fazer seis vitórias em dez jogos que tem pela frente?
Triste fim para uma diretoria inscrita no último dia com um papel marcado por errorex.
Em tempo: Vão cair: Vitória, Ponte Preta, Avaí e Atlético/GO.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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