Falando de Bola
Alguns dizem que ainda é cedo para fazer alguma avaliação sobre a equipe do Coritiba, que em dois jogos, conseguiu uma boa vitória fora de casa e um frustrante empate dentro do Couto.
A temporada está apenas começando, dizem alguns. Outros falam: O Giovanni ainda nem estreou e outros reforços irão chegar! E tem até que eles que comparam o Coritiba com os grandes do futebol nacional: O Flamengo empatou com o Resende, o Corinthians perdeu para o Guarani e o Atlético/MG perdeu para o Tombense.
Seja a análise que for, eu tinha dito no último programa da TV COXAnautas que teria pouca paciência com o time do Coritiba, e que na primeira partida já poderíamos ter um pouco de noção do que vinha pela frente em 2019.
Pela exibição no empate com o Maringá, e pelas dificuldades apresentadas, principalmente nos setores de criação e ataque, percebeu-se claramente que a goleada contra o Foz do Iguaçu foi um ponto fora da curva, e que o time ainda está bem longe do ideal.
E não digo longe do ideal apenas nas formas tática, entrosamento e física, afinal estamos apenas no início da temporada e é normal que o time ainda esteja ganhando corpo nestes quesitos.
O que falta ainda é técnica, ou seja, jogadores mais capacitados e que consigam desenvolver de forma eficiente suas funções dentro de campo.
Com exceção de Wilson, Alan Costa, Vitor Carvalho e Matheus Bueno, que terminaram o ano como titulares, com exceção do goleiro que estava machucado, e de Sávio, Fabiano e João Vitor, jogadores recém-contratados, a equipe está sendo formada por atletas que eram reservas do fraco time de 2018. Ou seja, Alex Alves, Kady, Iago Dias e Nathan não eram titulares de uma equipe que naufragou na temporada passada e em 2019 iniciam entre os onze que começam as partidas.
Ao menos na teoria, poderíamos dizer que o setor ofensivo do Coritiba, que já não era grandes coisas em 2018, está ainda mais fraco em 2019, quando a expectativa à época da contratação de Rodrigo Pastana era de que o diretor de futebol conseguiria melhorar o time.
Mas justamente para o setor ofensivo chegou apenas Welinton Junior, que parece não ter caído nas graças de Argel. E enquanto a novela Rodrigão não acaba, o Coritiba segue sem centroavante, dependendo de Nathan e Iago Dias para furar as defesas adversárias.
Ontem estreou o promissor Igor Jesus, que parece ter grande futuro, mas o garoto precisa ser melhor trabalhado e não ser alçado a condição de “salvador da pátria”, para que não aconteça o mesmo que aconteceu com Thalisson Kelven, Julio Rusch e Yan Sasse, que de revelações passaram a condição de emprestados.
Assim, evidencia-se cada vez mais de que o Coritiba precisa ser reforçado. Recordo que no início do ano, antes da apresentação do time, Rodrigo Pastana disse que o Coritiba tinha oito jogadores acertados. Até o momento apenas seis foram apresentados. E os dois que faltam não resolverão os problemas da equipe. É preciso muito mais.
O lado positivo da partida de ontem foi a boa atuação do lateral-direito Sávio. De aposta a titular, o jogador vem mostrando que pode ser uma boa surpresa em 2019.
Perguntar não ofende?
Quando virá o jogador do Inter que foi envolvido na troca com Matheus Galdezani?
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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