Falando de Bola
É fato que o técnico Eduardo Barroca usará as quatro primeiras rodadas do campeonato paranaense para fazer testes e “rodar” os jogadores. Isso ficou claro nas entrevistas do treinador.
Mas o empate contra o Rio Branco, que atuou praticamente o tempo todo de maneira defensiva, mostrou alguns erros do treinador na montagem do time, mesmo que ele diga que está usando essas partidas para testes.
A falta de um lateral-esquerdo no início do jogo, com Caetano improvisando e tendo William Matheus e Kazu no banco foi o primeiro equívoco do treinador. Barroca poderia ter feito teste colocando Caetano, que é zagueiro de origem, em sua posição, e colocado um dos dois laterais que tinha no banco, desde o início do jogo, sem a necessidade de colocar Sabino, que é um atleta que não precisa ser testado.
O segundo equívoco foi a colocação do atacante Welissol centralizado no comando de ataque. É sabido que o jogador, que tem um fraco índice de finalização, rende mais atuando pelos lados. E com Welissol pelos flancos, Barroca poderia centralizar Róbson, que é um jogador conhecido por ter um bom índice nos arremates.
Com a escalação inicial armada por Barroca, o Coritiba pouco incomodou o adversário no primeiro tempo. Sem jogadas pelas laterais, já que Lucas Ramon e Caetano não produziram absolutamente nada, e inerte no ataque, uma vez que a centralização de Welissol não deu resultado, os testes do treinador se mostraram ineficientes.
Com a falta de criatividade e poder ofensivo do time no primeiro tempo, Barroca se viu obrigado a consertar seus erros com as entradas de Rafinha e Gabriel, jogadores que atuaram no ultimo domingo e poderiam ter sido poupados hoje caso o time tivesse apresentado um melhor rendimento desde o início.
E para finalizar, o time acabou o jogo com praticamente cinco atacantes, atuando de forma completamente desorganizada e sem levar perigo ao adversário.
Na coletiva, Barroca disse que o Coritiba teve de 70 a 80% do controle de jogo. Mas de nada adianta ter a posse de bola se não for efetivo ofensivamente. E contra o Rio Branco a posse de bola foi infrutífera, já que o time pouco produziu ofensivamente.
O Coritiba volta a campo no próximo domingo contra o Paraná, e para conseguir um bom resultado precisará ser mais bem armado taticamente pelo seu treinador. Pois um resultado ruim no clássico já pode trazer certa pressão ao Alto da Glória, já que o Coritiba perdeu os dois últimos jogos contra a equipe paranista.
Mesmo que estejamos ainda na segunda partida do ano e em fase de testes, o Coritiba, que possui jogadores de muito mais qualidade técnica do que seus adversários, precisa mostrar muito mais do que mostrou até aqui. Cabe ao treinador resolver isso.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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