Falando de Bola
Após ver mais uma derrota do Coritiba, agora para o Palmeiras, fiquei me perguntando o porque de ano após ano o Coritiba continuar sempre nesta mediocridade.
Ontem, a impressão foi até de que o time fez um bom jogo. Alguns jogadores lutaram, ficaram com a posse de bola, mas analisando friamente como um time faz um bom jogo se não consegue chutar uma bola no gol adversário.
Ofensivamente este time não existe. O Coritiba tem uma enorme dificuldade em trabalhar a bola para chegar ao gol adversário. As jogadas ofensivas são em bolas paradas ou em chuveirinhos para a área. Jogadas trabalhadas, infiltrações, assistências, ultrapassagens, isso não existe no Coritiba. Assim, não é novidade que o time Alviverde tenha o segundo pior ataque do campeonato brasileiro ao lado do Atlético/GO, lanterna da competição, com 22 gols. O Coxa só ganha do Avaí, que fez 15 gols.
O time "finalmente" se aconchegou na zona do rebaixamento, e para sair dela terá que fazer gols. Mas como fará gols se não tem nenhum poder ofensivo?
E Marcelo Oliveira poderá continuar tentando usar todos os jogadores de ataque que tem a disposição que nenhum deles mudará esse panorama horroroso que o Coritiba se encontra.
Panorama, aliás, que tem se repetido ano após ano. A diferença é que em anos anteriores, a diretoria contratava um salvador da pátria, que chegava, fazia seus gols e salvava o Coritiba do rebaixamento.
O problema é que este ano, este salvador da pátria não foi contratado. Kleber, que poderia nos ajudar, ficou mais ausente do que dentro de campo, e agora não tem previsão de retorno. E mesmo assim, quando esteve em campo foi raro quando decidiu a favor do time Alviverde.
Tudo no Coritiba é estranho, obscuro, feito de maneira que muitas vezes não entendemos.
A contratação de Rafael Longuine é um exemplo. Este jogador, assim como outros como Neto Berola e Alecsandro, teve sua contratação cogitada por várias temporadas. Não é deste ano o interesse no Coritiba neste jogador. Mas aí quando o atleta finalmente é contratado, percebe-se que está longe de ser tudo aquilo. Com isso, fica a dúvida da maneira do Coritiba observar e monitorar jogadores.
Se os integrantes do Departamento de Futebol perdem tempo vendo jogadores como Longuine, Berola, para indicarem ao clube, isso é sinal de que alguma coisa está muito errada em relação a capacidade de observar e indicar jogadores.
Não estou dizendo com isso, que Longuine é mau jogador, mas pelos jogos que ele atuou até o momento, chega-se a conclusão de que não é um atleta para se perder tanto tempo insistindo. Existem jogadores, no mínimo, igual por aí e com certeza mais baratos.
Agora, com o Coritiba na zona do rebaixamento, a pressão será ainda maior nas quatorze partidas que restam para o final do campeonato.
Marcelo Oliveira terá que separar o joio do trigo e contar apenas com aqueles que realmente querem tirar o Coritiba desta situação.
Mudanças precisam ser feitas. Não adianta mais insistir com jogadores que não estão mais rendendo. Não adianta o camarada ser bom de grupo, treinar com afinco, ter uma vida regrada fora de campo, se dentro dele não rende mais nada.
E mandar embora aqueles que não querem saber de mais nada. Nem com a bola, muito menos com seu preparo físico.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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