Falando de Bola
Mais três pontos pra conta. O melhor visitante da Série B voltou a dar as caras e arrancou a vitória sobre o Avaí, que vinha motivado pela vitória contra a Chapecoense. O resultado recolocou o Coritiba na liderança da competição.
Foi uma vitória importantíssima, que quebrou o jejum de três jogos sem vencer e trouxe tranquilidade para os dois compromissos seguintes no Couto Pereira — jogos que podem deixar o acesso ainda mais perto nesta reta final.
E, como já virou marca registrada desta campanha, a vitória veio com aquele futebol feio, mas eficiente. O Coritiba controlou o jogo, foi seguro defensivamente e contou, mais uma vez, com a ineficiência dos atacantes. Com exceção de Lucas Ronier, que tem sido diferencial, fica claro por que a campanha poderia ser ainda melhor caso o ataque fosse mais produtivo.
A solidez defensiva foi determinante. A dupla de zaga Maicon e Jacy novamente se impôs como duas muralhas, Morisco voltou a ter grande atuação e a qualidade de Josué e Ronier, que sobram nesta Série B, desequilibraram.
No entanto, não dá pra deixar de criticar o desempenho de Iury Castilho e Gustavo Coutinho. Além de não levarem perigo no ataque, quase complicaram a defesa com erros que geraram chances claras para o Avaí. São atuações que fazem a gente imaginar o tamanho da dor de cabeça de Mozart para armar o setor ofensivo. E é justamente por isso que sua campanha merece ainda mais méritos: liderar a Série B, estar 85% do campeonato no G4 e manter regularidade com atacantes entregando tão pouco é feito de peso.
Queiram ou não, o futebol feio tem funcionado. É ele que tem levado o Coritiba a passos firmes rumo ao acesso.
Ah, mas pra Série A o Mozart não serve, diriam alguns. Pois bem: como falar em Série A se ainda estamos lutando para voltar? Esse debate fica para o fim do campeonato. Agora, o que importa é vencer — bonito ou feio.
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