Falando de Bola
Mesmo que, nos últimos jogos, o Coritiba pareça estar fazendo força para complicar um campeonato sólido até aqui, os ventos ainda sopram a favor do time de Mozart.
Isso é apenas sorte? Eu diria que não. É uma mistura de sorte e competência.
Competência que sobrou em várias vitórias importantes fora de casa — contra Chapecoense, Criciúma, Athletico, CRB, Vila Nova e Novorizontino — mas que ficou pelo caminho nas últimas quatro partidas no Alto da Glória e também na derrota para o Operário.
Não dá para negar que a sorte ajudou nesta rodada. A derrota do Goiás em casa para o Botafogo manteve o Coxa a apenas um ponto da liderança, quando muitos já projetavam a distância em quatro pontos. O empate da Chapecoense diante do Vila Nova segurou os catarinenses atrás na tabela. E as derrotas de Remo e Novorizontino preservaram a vantagem de sete pontos para o quinto colocado.
Mas chegou o momento de resgatar a competência que garantiu ao Coritiba um campeonato equilibrado, mantendo o time dentro do G-4 em 19 das 24 rodadas disputadas até aqui.
Mozart precisa pensar em algo diferente do que fez nos últimos jogos no Couto Pereira. É hora de sair do marasmo e resgatar a alma de um time que sempre foi muito forte em casa. Um Coritiba que sufoca o adversário desde o primeiro minuto, que não deixa o rival respirar e impõe respeito jogando diante da sua torcida. O que não dá mais é ver o time acreditando que o gol sairá a qualquer momento, apostando em uma troca de passes improdutiva que pouco assusta quem está do outro lado.
A prova de que esse caminho não funciona está no baixo aproveitamento ofensivo. É hora de ousar, resgatar a alma guerreira e buscar a vitória com intensidade.
Que os próximos jogos contra Ferroviária e Goiás marquem o reencontro com a força no Couto Pereira e representem o resgate do caminho para o título.
Pra cima deles, Verdão!
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