Falando de Bola
Não existe confronto que traga mais prazer aos torcedores Alviverdes e Rubros Negros do que o Atletiba.
É nele que a grande rivalidade paranaense está em jogo. É este jogo que movimenta as semanas, que antecedem e sucedem o clássico, nas rodas de conversas de torcedores.
Quantas vezes um time em piores condições técnicas passou por cima do rival jogando na base da raça e da superação.
Já tive a oportunidade de ver grandes confrontos entre as duas equipes, alguns me trazem lembranças, boas como o chocolate de 5x1, em 1995, com show de Brandão, o título estadual de 2011, conquistado na Baixada, por 3x0 com um golaço de Bill, mas também lembranças ruins, como o gol contra do zagueiro Berg na final do campeonato paranaense de 1990.
O fato é que os jogos sempre são recheados de grandes emoções. E o do próximo domingo não será diferente.
A grande novidade é o “gramado” sintético, que deverá dar maior velocidade ao jogo.
O Coritiba não terá a chance de treinar no “gramado”, pois o Atlético não permitiu, “grande novidade. Então utilizou-se um plano B para tentar se adaptar a este novo estilo de piso. O treino no campo do Trieste deverá dar um pouco de noção aos atletas Alviverdes, mas acredito que com dez minutos de partida, os jogadores já estarão adaptados.
Apesar de não ser um jogo decisivo para ambas as equipes, não resta dúvida que será um confronto que poderá decidir, mais uma vez, o futuro de Gilson Kleina no comando técnico do Coritiba.
Uma possível quarta derrota, o time já perdeu para Toledo, PSTC e J. Malucelli, deixará o comando técnico em maus lençóis. Por outro lado, uma vitória dará mais um sopro de vida ao contestado treinador.
De desfalque apenas o atacante paraguaio Ortega, logo ele em que a torcida depositava grande expectativa para este clássico, mais pelo gol marcado contra o Atlético quando atuava pelo Sportivo Luqueno, do que propriamente pelas suas duas atuações com a camisa Alviverde até aqui.
Por outro lado dois retornos importantes, Kleber e Carlinhos. O atacante retoma sua posição como homem de referência. Se der continuidade à fase que estava passando antes da contusão, os zagueiros do adversário terão muito a se preocupar. Carlinhos dará maior qualidade no apoio pelo lado esquerdo, mas precisa retomar o bom futebol que há tempos não aparece.
No Atletiba o atleta não pode ser indeciso, não pode ser inseguro, não pode estar desatento, muito menos estar fragilizado mentalmente.
É preciso muita concentração, atenção, estar ligado no jogo o tempo todo. O grande clássico paranaense não dá espaços para jogadores que não tenham noção do que esta partida representa.
O Atletiba pode ser tanto um jogo que consagra um jogador, como também um jogo que queima definitivamente um atleta. E é justamente aí que os meninos dão lugar aos homens.
Meu palpite é a vitória Alviverde por 2x1, com gols de Juan e Kléber.
E o seu, leitor do Falando de Bola?
Strong> Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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