Falando de Bola
Foto: Marcelo Andrade (Gazeta do Povo)
Apesar de achar que dificilmente o Coritiba conseguiria passar pelo Goiás, não pela qualidade do adversário, que é sofrível, mas sim pelo time Coxa ser mais sofrível ainda, sempre resta aquela esperança de que uma bola parada, um lampejo de algum jogador, uma vontade a mais de um ou de outro, consiga resolver a parada, mas infelizmente a realizada retornou a tona quando a bola rolou.
O time é horroroso sim. Sem jogadores de qualidade, principalmente no setor ofensivo, e sem nenhum padrão tático.
Ontem, o atacante Alecsandro, na primeira etapa, voltava várias vezes para tentar armar as jogadas que os meias e pontas não conseguiam armar para ele. E como o centroavante não tem cacoete, muito menos qualidade, para armar as jogadas, o Coritiba pouco incomodou o Goiás.
E no segundo tempo, com a entrada de Kleber, o time até que melhorou um pouco, mas foi um lampejo, pois depois dos 30 minutos, o time Alviverde não conseguiu incomodar o Goiás. Um gol a mais e a partida iria para os pênaltis, mas a torcida ficou só na esperança, pois a frustração já parecia estar estampada na cara dos torcedores mesmo antes da bola rolar, assim como também estava estampada na cara da diretoria que acompanhava a coletiva de Sandro Forner.
Sobre a coletiva de Samir Namur, nada mais do que já era esperado. Como foi marcada por antecedência, dificilmente se veria a demissão do treinador ou do diretor de futebol, mínimo que se esperava após o fraco trabalho que ambos vem realizando, principalmente o diretor de futebol.
Samir falou sobre o planejamento, que irá cumprir o planejamento, mas aprendi em minha vida de 21 anos de servidor público, que o planejamento deve ser alterado quando as coisas não caminham bem. E pela fala do presidente, a impressão que se teve é que tudo vai correndo conforme planejado.
Só não entendo como tudo vai bem se o time foi eliminado na terceira fase de um torneio que poderia ser muito rentável financeiramente e mercadologicamente. Também não entendo como tudo pode estar indo bem se os seis reforços contratados para jogar, são apenas reservas dos garotos da base, e em alguns casos nem isso são, caso do Alan Costa, único zagueiro no banco, que não entrou nem quando Thalisson Kelven saiu contundido.
E quando o time precisava marcar mais um gol para levar para os penaltis, o treinador preferiu colocar mais um meia oriundo da base, do que colocar um dos dois atacantes que foram recém-contratados.
Só por este dois motivos, se observa que o planejamento, pelo menos aos olhos do torcedor, não está saindo como planejado. E é preciso humildade para reconhecer isso, mas ao que parece, a humildade parece estar tão distante como o conhecimento de futebol.
O óbvio foi dito, virão reforços para a Série B, que é o mínimo que a torcida espera se a intenção da diretoria for recolocar o time na Série A, o problema é quais reforços virão. Pois se o nível for o mesmo dos que chegaram até agora, os garotos da base continuarão jogando sem nenhuma sombra.
O lateral-direito Carlos Cesar, do Atlético/MG, está próximo de acertar. Lateral de 30 anos, que nunca se firmou no Galo, e já chegou a ser emprestado ao Atlético/PR, em 2014, quando disputou duas partidas e não agradou, sendo emprestado ao Vasco no meso ano. Pode até vir a dar certo aqui, pois não é pior que Marcos Moser e Cesar Benitez, o problema é que não é um jogador que trará a certeza de que dará certo aqui.
E o que menos o Coritiba precisa neste momento é de apostas. O Departamento de Futebol já apostou em seis que não deram certo. Não pode ser dar ao luxo de apostar em mais.
A falta de conhecimento de futebol da diretoria, tendo por base as contratações realizadas e cogitadas, assusta e isso deve ser revisto com urgência. Trazer uma pessoa que tenha um conhecimento pleno do mundo de futebol deve ser uma medida a ser realizada o quanto antes, sob pena do torcedor Alviverde continuar sofrendo cada vez mais.
E com este sofrimento, o Couto Pereira vai se esvaziando a cada partida. Só não vê, quem não quer.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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