Falando de Bola
A vitória sobre o Paysandu foi importantíssima para um time que vinha de quatro jogos sem vitórias, dos quais em três deles, entregou o empate ao adversário praticamente no final da partida.
Os três pontos conquistados em cima do fraquíssimo time do Paysandu foram importantes ainda para trazer um pouco de tranqüilidade a um ambiente que se encontra pressionado pela forma que vem deixando resultados positivos escaparem por entre os dedos.
E contra o Paysandu, isso quase aconteceu novamente. Estava se tornando rotineiro nos últimos jogos ver o Coritiba praticamente entregar jogos praticamente ganhos. Ontem, se não fosse o travessão no primeiro pênalti, e as vistas grossas do juiz no pênalti não marcado de Romércio no atacante do time paraense, estaríamos aqui lamentando mais uma vez o desperdício de três pontos.
Podemos pensar que é a fragilidade técnica do time que tem causado problemas quando a equipe está vencendo. Ou então a visível falta de organização dentro de campo. Em doze jogos a frente da equipe, o técnico Eduardo Baptista ainda não conseguiu fazer o seu time atuar de forma organizada e tranquila.
Hoje, o Coritiba ocupa a segunda colocação na tabela, mas ainda está apresentando um futebol bem distante daquele que trará a certeza ao torcedor que o time irá voltar para a primeira divisão em 2019.
Talvez o que esteja faltando ao time do Coritiba é entender o espírito da competição. Saber a jogar a Série B. Por mais que se diga que alguns jogadores nunca atuaram na Série B, um time de futebol com o maior orçamento entre os vinte participantes, não pode desperdiçar ótimas chances de pontuar cada vez mais. Quanto maior a pontuação, mais tranquilidade os atletas terão para trabalhar, e consequentemente aumentam as chances do Coritiba se manter na parte de cima da tabela.
O técnico Eduardo Baptista tem insistido na tese de trazer reforços que tenham a cara da Série B. Justifica assim a contratação do atacante Jonatas Belusso. Não penso que tem que ser desta forma. Acho que o clube precisa trazer jogadores de qualidade, independente se tem cara de A, B ou C. Se o atleta é diferenciado, o futebol dele vai aparecer em qualquer divisão.
Entender como jogar a Série B não é a mesma coisa que trazer jogadores com espírito de Série B.
Como a diretoria estabeleceu como meta o aproveitamento maciço das categorias de base, sempre entendi que os jovens precisavam de suporte técnico e de experiência para atuarem com maior tranquilidade e poderem evoluir dentro da equipe. Talvez esse fosse grande ponto do planejamento implantado.
Mas infelizmente não foi isso que aconteceu, em muitos momentos da temporada, foram os jovens, ao lado do goleiro Wilson, que tiveram que segurar a barra.
E isso refletiu diretamente no orçamento do clube, quando vemos jogadores contratados treinando em horários diferenciados, como o zagueiro Alan Costa, que ganhou um contrato de dois anos com o clube, disputou apenas três partidas, e hoje encontra-se totalmente fora dos planos da comissão técnica.
Ao ver o time Coxa-Branca na segunda colocação após pouco mais de um terço do campeonato, percebe-se claramente que a diretoria eleita tem mais sorte o que juízo, pois se o time dependesse somente da grande maioria das contratações efetuadas, a situação poderia ser bem diferente.
Motivos para elogiar:
a) A contratação de Uilliam Correia. Na partida contra o Paysandu já deu mostras que será muito útil para o meio-campo Alviverde.
b) A fase de Guilherme Parede. Com quatro gols nos últimos quatro jogos, o prata da casa vem se firmando cada vez mais. O bonito gol contra os paraenses é a prova da confiança que o jogador vem adquirindo a cada partida.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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