Falando de Bola
As oscilações que o Coritiba vem apresentando no campeonato paranaense mostram que o time ainda tem um longo caminho a percorrer para estar em condições de estar entre os times que brigarão por uma vaga na Série A. O Atletiba deixou isso cada vez mais claro.
O time alviverde apresentou uma série de defeitos, dentre eles destaco a frouxidão que o time vem apresentando na marcação. Esse defeito começa lá no setor de ataque. O time alviverde praticamente não pressiona a saída de bola do adversário, dando espaço para que os zagueiros possam tocar a bola com tranquilidade. Os atacantes de lado não estão voltando para marcar, o que faz com que os laterais na maioria das vezes tenham que lidar no mano a mano com os adversários. No Atletiba isso ficou evidente, pois Romário, principalmente, sofreu com Khellven.
Saindo do ataque, o meio vem dando muitos espaços aos adversários, principalmente na frente de sua área. Contra o FC Cascavel o time já tinha deixado os adversários livres para finalizarem de fora, e contra o A.Paranaense foi a mesma coisa. Mais uma vez o Coritiba sofreu um gol de fora da área. E a defesa se mostrou frouxa também, permitindo que os atacantes adversários ganhassem praticamente todas as jogadas aéreas.
O setor de marcação do Coritiba parece ser o maior desafio que o técnico Gustavo Morínigo tem pela frente atualmente. Sem um sistema defensivo consistente, o Coritiba terá muitos problemas pela frente.
Outro defeito grande é a insistência em jogadores que pouco tem a contribuir, enquanto outros são pouco utilizados ou mesmo estão sendo esquecidos no banco de reservas, casos de Tailson e Lucas Nathan. Se os jogadores não servem a ponto do treinador não os utilizarem, é sinal de que algo não vem dando certo na captação de jogadores para o time. E isso precisa ser ajustado.
A questão do baixo aproveitamento da base também precisa ser questionada. Morínigo tem um histórico de trabalhar com os jovens, porém, no Coritiba isso não vem acontecendo. Um exemplo: A insistência com Wellington Carvalho e Nathan Ribeiro em detrimento a utilização de Thalisson, que se mostrou muito firme na única partida que disputou (vitória contra o União Rondonópolis), é algo que precisa ser entendido. E temos outros exemplos, como a insistência com Romário, mesmo que o jogador ainda não tenha tido uma partida convincente com a camisa alviverde, enquanto jovens como Biro e Angelo praticamente não são utilizados.
Atualmente, o Coritiba tem uma base, isso não pode ser ignorado. Wilson, Igor, Luciano Castan, William Farias, Val, Rafinha e Leo Gamalho forma a espinha dorsal do time, mas se não tiverem companheiros à altura, o time alviverde terá grandes dificuldades pela frente. Um exemplo claro é o zagueiro Luciano Castan. Por não ter um companheiro seguro ao seu lado, o jogador tem caído de produção, deixando de confirmar a grande expectativa que a torcida tinha em seu futebol. E o mesmo vai acontecer com Rafinha, que por ser já um jogador veterano, não conseguirá carregar o Coritiba nas costas se não tiver meias e atacantes de lado de qualidade maiores do que o elenco atualmente tem.
A sorte é que o paranaense só serve realmente para testes, e diretoria e comissão técnica estão tendo o “privilégio” de ver que o time ainda tem um longo caminho pela frente para estar em condições ideais de ser um dos favoritos na Série B.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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