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Ricardo Honório17/11/17, 11h28
Falando de Bola

Na raça e no embalo da torcida

A torcida do Coritiba é mesmo impressionante. O que ela fez ontem contra o Flamengo emociona até mesmo aqueles que passam longe de um campo de futebol.

Se dentro do estádio os sinalizadores foram proibidos por aqueles que tomam decisões dentro de uma sala com ar condicionado, fora deles não há previsão legal para a proibição.

E assim, a festa na chegada da delegação Coxa ao estádio foi maravilhosa, assim como a genial ideia de apagar as luzes do estádio para a festa verde na entrada do Coritiba em campo.

E além de tudo isso, o grito de Coooxaaaaa sem parar foi o combustível que faltava para que os jogadores tirassem gás sabe-se lá de onde para garantir uma importantíssima vitória.

Se para tirar o time lá de baixo a torcida se supera deste jeito, imaginem então o que ela faria se o Coritiba brigasse por títulos. É linda demais a festa que faz a torcida Alviverde.

O jogo foi extremamente complicado. O Flamengo, com maior qualidade técnica, teve maior posse de bola, porém chances reais de gol somente no primeiro tempo.

O Coritiba muito bem postado defensivamente, não permitia que jogadores habilidosos como Diego, Everton Ribeiro, Everton e Lucas Paquetá chegassem tocando a bola. Assim, só restou ao Flamengo os chuveirinhos para a área, todos sem nenhum perigo.

O time Alviverde também não ameaçou, e com exceção do gol de Cleber Reis, não ameaçou o adversário em nenhum momento.

Ontem Marcelo Oliveira inovou. Colocou Dodô de atacante pelo lado direito. Assim fechava o corredor esquerdo do Flamengo e tentaria sair em contra-ataques rápidos.

Quem assiste a TV COXAnautas já deve ter visto a alguns programas atrás que falávamos nesta hipótese.

O resultado não saiu como esperado, até porque Dodô não soube aproveitar a chance que lhe foi dada, mas a ideia é interessante e pode dar resultado positivo se colocada em prática mais vezes.

Se fora de campo a torcida Coxa impressiona, dentro dele quem impressiona cada vez mais é o goleiro Wilson.

O que este cara vem fazendo no campeonato brasileiro é digno de um convocação para a seleção brasileira.

Mas ele que já tinha se superado ao defender dois pênaltis, além do rebote contra o Sport, ontem entrou para a galeria dos grandes heróis do Coritiba. A defesa no chute de Lucas Paquetá foi impressionante, daquelas que só os goleiros fora de série fazem. Aquela defesa garantiu não só a vitória de ontem, como a permanência na primeira divisão.

Grande parte da permanência na primeira divisão deve ser creditada diretamente na conta de Wilson.

Domingo que vem a parada é contra o Atlético/MG, no Independência.

Jogo difícil, mas trazer um bom resultado de lá não é impossível. O Galo faz a pior campanha da era dos pontos corridos jogando dentro de casa.

Cleber Reis, Thiago Carleto e Rildo, tomaram o terceiro cartão amarelo e não estarão em campo.

Um grande pepino para Marcelo Oliveira descascar, não só pelos desfalques individuais, mas principalmente pela ausência daquele que tem sido o principal responsável pela grande arma da equipe.

Lá em Minas, a bola parada talvez não funcione com tanta eficácia, mas aí quem sabe, os contra-ataques em rapidez possam ajudar.

Sendo um jogo complicado, a única coisa que se pode esperar da equipe Alviverde será garra dentro de campo. E com garra, o caminho para vitória pode aparecer.

Ontem, Marcelo Oliveira completou 150 jogos a frente do Coritiba, números que o colocam como o terceiro treinador com mais partidas no comando do time Alviverde.

Números que não são para qualquer um, pois se fossem teríamos muito mais treinadores com estes números no centenário Coritiba Foot Ball Club.

Parabéns, Marcelo Oliveira, e que estes números possam ser ampliados!


Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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