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Ricardo Honório19/10/17, 07h50
Falando de Bola

No sufoco e na raça, e com sorte também!

Uma hora a sorte tinha que sorrir para os lados do Alto da Glória. E não haveria momento mais propício para ela aparecer do que em uma partida extremamente complicada contra um dos times mais bem acertados do Brasil atualmente.

A bola parada de Thiago Carleto, mais uma vez, fez a diferença, só que desta vez, ela além de encontrar a cabeçada de um de seus companheiros, encontrou também a barriga de um adversário, e de lá foi morrer mansamente no fundo do gol de Fábio.

O gol contra de Diogo Barbosa, jogador com passagem bem discreta pelo Coritiba, pode ser considerado como a maior jogada que o ex-lateral Alviverde fez pelo seu ex-clube.

Brincadeiras a parte, o fato é que a vitória contra os mineiros foi importantíssima para o Coritiba, não só pelos três pontos conquistados, mas principalmente pelo fator psicológico que deverá causar na equipe.

A falta de confiança pela sequência sem vitórias era tão grande, que os jogadores cometiam falhas infantis jogo após jogo.

Contra o Cruzeiro o time Alviverde fez um jogo bem abaixo do que rendeu tecnicamente contra o Grêmio, mas com a sorte ao seu lado e também o espírito de luta que os jogadores demonstraram em campo, nem a maior qualidade técnica do adversário tirou os três pontos do Coritiba.

O maior destaque do time na partida de ontem foi sem dúvidas o zagueiro Cleber Reis.

Mais entrosado com a equipe, o jogador fez um grande papel defensivo e ainda saía jogando com muita qualidade. Além disso, trouxe muita segurança nas bolas aéreas e ainda foi o responsável pela cabeçada que originou o gol contra de Diogo Barbosa.

Com contrato apenas até o final da temporada, este deve ser um jogador a ser procurado para continuar no clube.

Menção honrosa também para o goleiro Wilson, que salvou a equipe no último minuto da partida.

Após a entrevista de Rogério Bacellar, onde pedia a escalação do alemão Baumjohann, o técnico Marcelo Oliveira voltou a relacionar o jogador para uma partida.

Alguns indícios de que o jogador poderia finalmente estrear pelo Coritiba eram facilmente identificados ontem.

Primeiro o fato de Anderson não ter sido relacionado, depois a opção por Rafael Longuine e consequentemente um meio-campo mais ofensivo. Como Longuine não aguentaria o jogo todo e vinha muito mal na partida, e Anderson não estava relacionado, a estreia de Baumjohann era praticamente certa.

E o jogador não decepcionou o torcedor. Mostrou categoria, bom domínio de bola e deu mostras que sabe jogar. Ainda está sem rimo de jogo, é verdade, mas pode ser uma boa opção para o restante do campeonato, principalmente em um setor em que o Cortiiba não conseguiu se acertar desde o início do campeonato.

A impressão que ficou após a estreia do alemão, é que o técnico Marcelo Oliveira perdeu um imenso tempo apostando em Tiago Real, Anderson e Longuine, quando tinha um jogador muito interessante a sua disposição.

Os resultados de ontem não ajudaram muito, principalmente a vitória da Chapecoense em cima do Atlético/MG fora de casa. Isso tornou a vitória contra o Cruzeiro ainda mais importante.

Agora o desafio é contra o Vasco, time que vem de três vitórias seguidas e não perde há cinco rodadas. Hoje o time de Zé Ricardo de ameaçado pelo rebaixamento passou a brigar pela Libertadores.

Porém, o time vascaíno apresenta muitos problemas na criação de jogadas. E se for marcado em cima tem dificuldades para jogar.

E a partida será no Maracanã, lugar em que o Coritiba conseguiu sua maior conquista.

O mais tradicional estádio brasileiro tem simpatia pelo time Alviverde. Estou achando que vem mais uma vitória neste sábado.

Saudações Alviverdes
Ricardo Honório

Ricardo Honório

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