Falando de Bola
Jogar como nunca, perder com sempre!
Nunca este dito popular do esporte caiu também em um clube do futebol como no Coritiba. E não é de hoje que está máxima casa perfeitamente com o time Alviverde.
A partida contra o Atlético/MG mostra, mais uma vez, a "broxante" vida do Coritiba para o seu torcedor.
O time jogou bem, controlou a posse de bola, chegou algumas vezes, sem muito perigo, diga-se de passagem, mas não deixou o todo poderoso Galo das Alterosas tomar conta da partida.
A defesa andava segura. Wilson sem ser ameaçado e a dupla de zaga colocava no bolso os selecionáveis atacantes adversários.
Mas aí veio o primeiro cochilo. A bola girou a frente da área Alviverde, até que encontrou Robinho livre na área para abrir o placar.
Sim, a bola procura aqueles que a tratam com carinho. Talvez esteja aí a razão para que ela esteja fugindo de alguns jogadores do Coritiba.
A porteira parecia aberta para os "galos" passarem, mas o Coxa seguiu no seu jogo de controlar a posse de bola e tentar chegar ao gol de Victor, sem perigo, é claro, pois a bola insistia em fugir dos atacantes Alviverdes.
Até que Carlinhos teve um lampejo das boas jogadas que já fez com a camisa Alviverde e tocou para Kléber, que com uma categoria jamais vista em sua carreira, deixou o lateral livre na frente de Victor para empatar a partida.
O gol fazia justiça no placar. Mas pensando bem que justiça é esse que faz o Coritiba empatar, e o seu torcedor continua com a sensação de que o placar de 1x1 é bom demais para ser verdade.
Aí a falta de experiência, maturidade, categoria, seja lá o que for apareceu novamente. O empate contra o Galo, no Independência já era um bom resultado, mas o lateral-direito Ceará, que tem experiência e maturidade de sobra, resolveu esticar uma rede e cochilar, deixando Robinho livre, olha lá a bola procurando novamente quem a trata com carinho, para dar números finais ao jogo.
Nada de anormal, pois anormal realmente é o Coritiba controlar a posse de bola e conseguir vencer uma partida fora de casa.
Gostaria de saber o que passou na cabeça de Juan quando "soltou a franga" e xingou Pachequinho ao ser substituído.
O meia, outrora lateral-esquerdo, vinha fazendo uma péssima partida, e só não foi expulso porque Leandro Vuaden retrata bem o baixo nível técnico das arbitragens brasileira.
As três tentativas de tapa que Juan tentou em dar em Maicossuel eram motivos mais do que claros para que o jogador levasse o cartão vermelho.
Ao mostrar total destempero, o jogador mostra total falta de respeito com o treinador e também com seus colegas.
A ira de Juan mostrou que o ambiente não é tão bom como tenta propagar o inerte presidente Rogério Bacellar.
Nada mais normal do que após mais uma derrota, o nome Neto Berola voltar a tona.
Mas desta vez, pelo que parece, diferente das outras milionésimas tentativas de trazê-lo, o jogador está chegando para vestir a camisa Alviverde.
Pelo seu histórico público de esnobar as propostas que já recebeu do Coritiba, imagino como será a paciência do calejado torcedor Alviverde quando o jogador chutar sua primeira bola para longe ou então errar o primeiro passe.
Para quem não sabe, o Coritiba está trazendo mais um jogador que estava encostado em seu clube.
Berola, isso é nome de jogador?, estava "jogado em um canto" no Atlético Mineiro.
Seus últimos números não são nada animadores. Nos últimos dois anos, o jogador participou de cinquenta jogos, vestindo as camisas do Atlético Mineiro, Al Wasl e Santos, e marcou apenas sete gols. Não conseguiu ser titular em nenhum dos três clubes.
Alex Brasil começa a mostrar seu "trabalho" no Coritiba. Quando se esperava criatividade, eis que o diretor de futebol foi lá nas gavetas de sua sala e encontrou a ficha de Neto Berola. E não titubeou. Foi nesse mesmo.
Antigamente se trazia jogador que tinha vontade em vestir a camisa do Coritiba. Hoje traz-se o que tem de sobra por aí.
O amor próprio Alviverde que foi grande um dia, hoje foi deixado em uma lata de lixo.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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