Falando de Bola
Finalmente a primeira fase do campeonato paranaense acabou, (Mas que campeonatinho ruim de se assistir!!!) e a maior surpresa foi a eliminação do Atlético Paranaense, que irá jogar o Torneio da Morte para evitar ser rebaixado.
Mas a surpresa foi para quem não viu os jogos "deles", pois quem acompanhou alguns percebeu o quão ruim é aquele time.
Mas como isso não é problema "nosso", vamos nos preocupar em ganhar mais um título paranaense, que tem grandes possibilidades de voltar para o Alto da Glória.
O jogo contra o Paraná foi a cara do futebol paranaense atual, ou seja, a marca da incompetência de seus dirigentes. E olha que existem políticos de olho na FPF, ou seja, não há nada pior que não possa ser piorado!!!
Uma partida fraquíssima tecnicamente, e olha que os treinadores culparam a forte chuva pelo péssimo futebol apresentado.
Eu não culparia só a chuva não, pois já vi jogos memoráveis serem disputados debaixo de chuva. Será que alguém lembra da uma virada sensacional do Coritiba sobre a Ponte Preta em 2007 debaixo de um dilúvio que caiu sobre a cidade, com um gol de Keirrison aos 48 do segundo tempo?
O fato é que os dois times não mostraram nada que justificasse a abertura do placar.
O Coritiba com a já conhecida falta de criação na meia-cancha, e o Paraná que sobrevive dos lampejos de Lúcio Flávio, tentaram o gol apenas na primeira etapa, já que na segunda a bola praticamente não passava da intermediária.
O fato é que a "peleja" fraca tecnicamente foi apenas a cereja no bolo para coroar a incompetência dos dirigentes, que conseguiram a proeza de fazer um dos três clássicos da capital ser disputado em um estádio sem torcida na última rodada da primeira fase.
A falência do futebol paranaense está mais próxima do que nunca, e poucos são os que estão enxergando isso.
Alguma coisa precisa ser feita, e a não é a chegada de políticos no comando do futebol paranaense que fará a diferença.
Antes da FPF ser tomada por políticos, é preciso que administradores e pessoas com conhecimento em futebol tenham a oportunidade de fazer uma revolução no futebol paranaense.
Só assim o futebol paranaense terá a chance de se recuperar, e no mínimo, voltar a ser a segunda força da região sul.
Este tema está ficando batido, mas mais uma vez o Coritiba mostrou muitas dificuldades em sua meia cancha, na armação de jogadas para os atacantes.
Pedro Ken e Rodolfo ganharam uma grande oportunidade contra o Paraná, mas pouco mostraram, deixando evidente que dificilmente serão alternativas eficientes na seqüência da temporada.
Rodolfo até tentou as jogadas na primeira etapa, mas na segunda caiu muito de produção, sumindo da partida. (Olha a desculpa da chuva forte e do gramado pesado para justificar a queda de rendimento!)
Pedro Ken pode ser utilizado como um segundo volante ou até mesmo como um ala direito em um esquema com três zagueiros, mas nunca como homem de armação.
Como o futebol brasileiro passa por uma grave crise na formação de camisas 10, o Coritiba terá muita dificuldade em contratar um jogador que possa chegar e resolver de vez os problemas de criação do time.
No campeonato regional existem quatro jogadores que podem ajudar. Não seriam a solução, mas criariam uma opção interessante para o time:
Netinho (J. Malucelli), Danilo Rios (Maringá), Lúcio Flávio (Paraná Clube), e Celsinho (Londrina), este último talvez o mais polêmico, mas que possui uma boa qualidade nas bolas paradas e tem como características atuar mais a frente dos volantes e próximo a área adversária, como os pontas de lança de antigamente.
O Cascavel será o próximo adversário do Coritiba. Pelo que demonstrou na derrota por 3x1 no Couto Pereira, o time do "oeste do estado" não deverá trazer grandes dificuldades ao Coritiba.
Talvez a distância entre as cidades seja propriamente um problema maior para o Coritiba do que o time do Cascavel.
Algo me diz que Coritiba e J. Malucelli farão uma inédita decisão de campeonato paranaense.
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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