Falando de Bola
Duvido que tenha algum Coxa-Branca que não esteja ao menos feliz, para não dizer empolgado, com este início de campeonato brasileiro.
Alguns pode dizer, ainda é cedo para qualquer conclusão afirmativa, eu também em meu lado cético diria isso, mas o fato é que não são apenas os seis pontos em nove possíveis que trazem esta possível empolgação.
Um conjunto de fatores levam a imaginar um Coritiba terminando o campeonato no mínimo entre os seis primeiros colocados.
A forma com que o time vem jogando, elogiada em rede nacional pelo ex-treinador Muricy Ramalho é uma delas. Hoje o Coritiba é um time altamente equilibrado, atuando com a mesma intensidade, quando joga de maneira ofensiva ou quando está se defendendo.
E tudo isso só é possível devido a dedicação e a disciplina tática que os atletas vem demonstrando durante as partidas. É raro ver algum jogador Alviverde desistindo das jogadas. A impressão que se tem é que os atletas "compraram" a idéia que lhes foi passada por Pachequinho.
Com o equilíbrio visto atualmente no futebol brasileiro, onde mesmo equipes com orçamentos milionários como Palmeiras, Corinthians e Flamengo não conseguem se sobressair as demais, as chances do Coritiba conseguir algo maior do que apenas lutar para não ser rebaixado é muito grande.
Por outro lado, em um campeonato longo, com 38 rodadas, a tendência é que as equipes com elencos mais qualificados comecem a se destacar quando o cansaço, as contusões ou até mesmo as suspensões aparecerem. E será neste momento que saberemos onde o Coritiba poderá chegar.
É redundante falar que o time precisará ser reforçado para aguentar a "maratona". A diferença é que com a bola que o Coritiba vem jogando neste início, a avaliação para contratar jogadores pode ser feita de forma mais criteriosa, sem aquele atropelamento tão comum em anos anteriores. Assim, a possibilidade de acerto nas contratações é muito maior.
Um exemplo, são as boas atuações do zagueiro Márcio e do meia Tomas Bastos, justamente nas posições mais carentes do time atualmente. Os titulares Juninho, depois Walisson Maia, e Anderson, saíram, e o time não perdeu a sua intensidade. Sinal de que o elenco tem boas opções de reposição.
Desta forma, o time tem mais tempo para observar e contratar, ganhando em qualidade e gastando menos, pois é sabido que os preços de atletas inflacionam quando a necessidade é escancarada.
Porém, como nem tudo são flores, existem fatoress que podem atrapalhar o desenvolvimento do time Alviverde.
Não dentro de campo, pois o time se mostra unido e coeso, mas sim fora dele, onde diretores e dirigentes parecem viver em uma eterna fogueira de vaidades, um querendo aparecer mais do que o outro.
Se eles se unirem em prol do Coritiba, colocando-se em segundo plano, aí sim, o clube em si achará o equilíbrio necessário para fazer um grande campeonato brasileiro.
Basta acreditar e não atrapalhar!
Saudações Alviverdes
Ricardo Honório
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